Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Pájaro, Quitéria da Silva
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Orientador(a): |
Zucchi, Eliana Miura
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Banca de defesa: |
Stamato, Maria Izabel Calil,
Silva, Fernanda Flávia Cockell,
Zucchi, Eliana Miura |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Católica de Santos
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Programa de Pós-Graduação: |
Mestrado em Psicologia
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Departamento: |
Centro de Ciências Sociais Aplicadas e Saúde
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://tede.unisantos.br/handle/tede/7666
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Resumo: |
No Brasil, há robustas políticas públicas de saúde voltadas ao aleitamento materno. Ainda assim, a amamentação está relacionada a diversos determinantes que podem dificultar a sua manutenção, o que faz com que os serviços e os trabalhadores da saúde sejam desafiados a dar respostas para proteger e apoiar o aleitamento materno exclusivo. Com esse enfoque, este estudo objetivou analisar como os profissionais de saúde manejam as circunstâncias em que pode ocorrer o desmame precoce. Tratase de uma pesquisa descritiva de abordagem qualitativa. Participaram 7 profissionais de saúde de uma Unidade de Saúde da Família de Santos. A produção de dados ocorreu por meio de entrevistas semiestruturadas. Os resultados foram analisados com o método Análise de Conteúdo, a partir dos relatos dos profissionais, sob a luz da Teoria da Subjetividade. Dessa análise resultaram 3 categorias: ¿Percepção dos profissionais sobre as mulheres atendidas e dificuldades relacionadas ao AME¿; ¿Processo de trabalho¿ e ¿Articulação para proteção do AME¿. Foram identificados relatos antagônicos de empatia e de culpabilização quanto às dificuldades das mulheres. As intercorrências mamárias foram as mais citadas entre as dificuldades. Foram observadas dores psíquicas/sobrecargas emocionais, cuidadas matricialmente e individualmente. A introdução precoce de fórmulas infantis surge relacionada à influência sociocultural, à situação laboral e ao desestímulo ao AME nas creches e escola (no caso das mães adolescentes). Os relatos quanto às estratégias pontuam o acolhimento com escuta qualificada; a ênfase na primeira consulta do puerpério, realizada por enfermeira; atendimento individualizado para observação da pega e manejo das intercorrências mamárias; o estabelecimento de um profissional referência em aleitamento materno; o cuidado multidisciplinar e a busca ativa das mulheres. Os profissionais refeririam como principais limitações para sua atuação o quadro insuficiente de profissionais da saúde; a concentração de saberes de manejo e habilidades em poucos profissionais; as diferentes condutas quanto à prescrição de fórmulas e as raras oportunidades de Educação Permanente. Conclui-se que há necessidade de sensibilização dos profissionais quanto à multifatorialidade envolvida no aleitamento materno, evitando assim a responsabilização da mulher, o que acaba por interferir na qualidade do encontro terapêutico. O conhecimento das tecnologias de cuidado, da dimensão relacional à instrumental, deve ser disponibilizado para maior número de profissionais, evitando a individualização do cuidado e possibilitando assim maior repertório para responder às necessidades das mulheres. |