Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Aranha, Nhamandu Mirin Luiz Alves
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Orientador(a): |
Saul, Alexandre
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Banca de defesa: |
Saul, Alexandre,
Mota, Guadalupe Corrêa,
Galvanese, Ricardo Costa,
Cunha, Maíra Darido da,
Portero, Cristina Schmidt Silva |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Católica de Santos
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Programa de Pós-Graduação: |
Doutorado em Educação
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Departamento: |
Centro de Ciências da Educação e Comunicação
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://tede.unisantos.br/handle/tede/7975
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Resumo: |
Esta pesquisa desenvolveu uma incursão para analisar o processo histórico de institucionalização da educação na Terra Indígena (TI) do Ribeirão Silveira, tradicionalmente ocupada por povos originários ancestrais (POA), em cuja circunscrição vivem, predominantemente, Guarani Mby e Guarany (Nhandeva). Objetivou tal incursão identificar elementos que permitiram uma delimitação temporal, específica e circunstanciada, cuja seleção e análise forneceram dados de como a educação foi sendo gestada e viabilizada nesse território, circunscrito entre os municípios de São Sebastião/SP, Bertioga/SP e Salesópolis/SP. A partir desse resgate, pelas vias metodológicas da historiografia da educação, da história oral temática e da transcriação (MEIHY, José Carlos Sebe Bom, 2005, 2007, 2014) buscou-se constituir um corpus da arqueologia documental dos caminhos percorridos para essa institucionalização, assim como dos sujeitos que dela fizeram e fazem parte, asseverando a escola como espaço de fortalecimento estratégico para as ações de proteção do TI. Nesse curso, Silvia Rivera Cusicanqui (1987) foi decisiva para que as análises evidenciassem a dimensão epistemológica, enquanto produtora de resistência política-ideológica do método adotado. Com Antônio Torres Montenegro (2010) compreendemos a historiografia insurgente ao olhar positivista produtora da história dos “vencedores”, levando-nos a privilegiar e compreender a fala e história, especialmente de homens e mulheres comuns na produção de suas marcas no tempo. A construção da escolinha de sapé na antiga aldeia do Ribeirão Silveira, a organização Aguaí, o primeiro professor guarani voluntário da escolinha de sapé José Duda, os karingués estudando fora da aldeia na escola dos juruá formam o conjunto de resultados obtidos pela pesquisa, ora apresentada. Inferimos, por fim, a confirmação da tese de que a escola representa papel importante no processo de fortalecimento e resistência dos mbya kuery sobre os processos de especulação imobiliária e demais meios de invasão da TI do Ribeirão Silveira. |