Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Silva, Maria Elisa Lemos Nunes da |
Orientador(a): |
Miranda, Carlos Alberto Cunha |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/7599
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Resumo: |
Esta tese trata da trajetória do médico José Silveira (1904-2001), idealizador do Instituto Brasileiro para Investigação da Tuberculose IBIT. Nascido na cidade de Santo Amaro, no recôncavo baiano, em 1904, Silveira se mudou para Salvador, em 1921, para cursar a Faculdade de Medicina, formando-se em 1927. Sua opção pela tisiologia ocorreu mais tarde, na década de 1930. Em 1935, por ocasião do Primeiro Congresso Regional de Medicina da Bahia, apresentou um Plano de Combate à Tuberculose, assumindo, perante o meio médico local, sua inserção na área de tisiologia. Dois anos depois criou o IBIT. Apresentando o Instituto como um empreendimento pioneiro, voltado à pesquisa científica, ele buscou estratégias discursivas e práticas que o consolidassem em âmbito estadual e nacional, ao tempo em que ia se constituindo como um tisiologista de prestígio. Vestígios desta trajetória encontram-se registradas das mais diversas formas. Ele escreveu inúmeros artigos em revistas especializadas e publicou quinze livros de memórias. Criou a Revista Arquivos do IBIT, em 1937, periódico no qual mais publicou. Para atingir o objetivo proposto, me debrucei principalmente sobre a produção bibliográfica de José Silveira. Através dessa leitura foi possível (re)construir fragmentos da história da tuberculose na Bahia, articulando o individual ao coletivo. Como questão central deste trabalho, levanto a discussão de que a criação de uma instituição foi a estratégia que Silveira encontrou para garantir um espaço de atuação na área de tisiologia em âmbito nacional e estadual. Denominar o IBIT de Instituto Brasileiro e não Instituto Baiano, como a sigla poderia sugerir e como eram comumente designadas as instituições criadas no estado da Bahia, foi uma maneira de dar destaque ao Instituto no momento de sua fundação. Para consolidá-lo e marcar posição nas ações contra a tuberculose, Silveira ora retomava um discurso com características regionais, pautado em um suposto passado de glória da Bahia , berço da medicina nacional, ora buscava construir o que chamou de questões regionais da tuberculose , aquelas que tratavam da raça e da pobreza da região. Ou mesmo procurava desenvolver a investigação científica nos domínios da tuberculose que encontrasse um fato novo que desse destaque à instituição. O que estava em jogo na trajetória de Silveira era a aquisição de competência científica : a capacidade de agir e de falar legitimamente, dentro do seu campo de atuação |