Avaliação dos fatores de risco para mortalidade infantil em Cubatão no período compreendido entre os anos 2011 e 2016

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Botelho, Mônica Luzia de Arruda lattes
Orientador(a): Braga, Alfésio Luís Ferreira lattes
Banca de defesa: Braga, Alfésio Luís Ferreira, Carvalho, Daniele Fernandes Pena, Campina, Nilva Nunes, Pereira, Luiz Alberto Amador, Martins, Lourdes Conceição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Católica de Santos
Programa de Pós-Graduação: Doutorado em Saúde Coletiva
Departamento: Centro de Ciências Sociais Aplicadas e Saúde
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://tede.unisantos.br/handle/tede/6501
Resumo: Introdução: Em todo o mundo considera-se a taxa de mortalidade infantil (TMI) um dos mais importantes indicadores epidemiológicos para a avaliação das condições de saúde e desenvolvimento socioeconômico de uma região. A mortalidade infantil compreende a soma dos óbitos ocorridos nos períodos neonatal precoce (0-7 dias de vida), neonatal tardio (8-28 dias) e pós-neonatal (entre 29 e 364 dias). O município de Cubatão tem apresentado constantemente taxas de mortalidade infantil elevadas apesar de seu rico polo industrial. Objetivo: este trabalho teve como objetivo identificar os determinantes da mortalidade infantil no município de Cubatão entre os anos 2011 e 2016. Método: estudo de caso controle, com 50 mães de casos (crianças nascidas vivas no período estudado e que foram a óbito antes do primeiro aniversário) e 50 mães de controles (crianças nascidas vivas no período estudado e que não foram a óbito antes do primeiro aniversário). Para a realização das entrevistas foi elaborado e validado um questionário a partir de outros instrumentos validados e não validados. Foi realizada a análise descritiva. Para avaliar a associação entre as variáveis qualitativas foram utilizados os testes de Qui-quadrado e Teste exato de Fischer. Para avaliar os fatores associados aos desfechos analisados foi utilizado o modelo de regressão logística univariada e múltipla. O nível de significância adotado foi 5%. Resultado: Entre os 50 casos 76% foram a óbito no período neonatal, sendo que 25 (50%) foi a óbito no período neonatal precoce e 13 (26%) no período neonatal tardio. Somente no grupo de casos encontramos ocorrência de baixo peso ao nascer (64%) e malformações (26%). As variáveis analisadas no modelo múltiplo final foram a escolaridade materna, prematuridade, doença hipertensiva gestacional e início prematuro do trabalho de parto. Prematuridade se mostrou robusto fator de risco para mortalidade infantil (ODDS RATIO=34,401; IC95%: 5,772-205,039) enquanto a escolaridade materna mostrou forte tendência de associação com este indicador (ODDS RATIO=4,950; IC95%: 0,905-27,069). Conclusão: Entre os fatores de risco estudados a prematuridade mostrou clara associação com a mortalidade infantil. A atenção ao prematuro requer investimento em infraestrutura e pessoal para garantir adequada assistência ao recém-nascido.