Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Queiroga Filho, Ednaldo
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Orientador(a): |
Marqueze, Elaine Cristina
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Banca de defesa: |
Marqueze, Elaine Cristina,
Balieiro, Laura Cristina Tibiletti,
Kasabkojian, Carolina Vicaria D'Aurea |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Católica de Santos
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Programa de Pós-Graduação: |
Mestrado em Saúde Coletiva
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Departamento: |
Centro de Ciências Sociais Aplicadas e Saúde
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://tede.unisantos.br/handle/tede/7954
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Resumo: |
Introdução: O trabalho noturno pode impactar na qualidade nutricional da dieta e na frequência de consumo de determinados alimentos influenciando diretamente na saúde. O aumento do número de refeições, como os lanches, ou mesmo a omissão de alguma das principais refeições têm sido apontados como fator de risco para uma série de doenças, como obesidade, diabetes mellitus, hipertensão e câncer. Objetivos: O objetivo primário do presente estudo foi analisar a associação entre o turno de trabalho (turno noturno fixo x turno irregular que inclui turno noturno) e a irregularidade temporal alimentar, de acordo com o cronotipo de profissionais de enfermagem militares. Além disso, objetivou-se comparar a prevalência da irregularidade temporal alimentar por cronotipo e testar um modelo preditivo da irregularidade temporal alimentar a partir do cronotipo, do tipo de turno (fixo e irregular) e demais variáveis correlatas. Materiais e métodos: Estudo exploratório transversal e de abordagem quantitativa, com uma amostra de 46 militares que atuavam como enfermeiros(as) ou técnicos(as) de enfermagem da 7ª Região Militar - Exército Brasileiro, residentes no Estado do Rio Grande do Norte e que trabalhavam no turno noturno, podendo este ser irregular ou fixo. A amostragem foi do tipo não-probabilística, em que foram convidados via e-mail todos os militares que trabalhavam no trabalho noturno irregular e fixo e que atendiam aos critérios de inclusão. Resultados: A maior parte da amostra tinha idade entre 30 e 42 anos, eram majoritariamente do sexo feminino (67,4%) e técnicos(as) de enfermagem (76,1%). Grande parte tinha entre três meses e dois anos de tempo de função (32,6%), eram trabalhadores do turno noturno irregular (63%), e tinham carga horária semanal de 30 horas (32,6%). Foi identificado que 37% dos participantes eram mais matutinos, 30,4% intermediários e 32,6% mais vespertinos, e que 24,4% dos participantes tinham baixa irregularidade temporal alimentar, 22,2% leve, 28,9% moderada e 24,4% alta irregularidade temporal alimentar. Observou-se maior índice de irregularidade temporal alimentar (IITA) nos participantes matutinos do turno noturno fixo. Entre os participantes com cronotipo intermediário, o maior IITA foi observado no turno irregular. Entre os participantes vespertinos, o maior IITA foi observado no turno irregular. O IITA se correlacionou positivamente com o tempo de exposição ao trabalho noturno (em anos), com o trabalho noturno anterior, o tipo de função e com o aumento de peso nos últimos meses. A diferença entre o horário da última refeição e o horário de dormir na folga e no dia após o trabalho noturno se correlacionou positivamente com o IITA. Verificou-se, também, uma correlação positiva entre o IITA e o aumento de peso. Por fim, os resultados evidenciaram que o trabalho noturno anterior ao atual e a diferença entre a última refeição e o horário de dormir no dia após o trabalho noturno foram preditores positivos e significativos da irregularidade temporal alimentar. Conclusão: Concluímos que a maior irregularidade temporal alimentar foi verificada entre os que tinham maior tempo de exposição ao trabalho noturno, incluindo o trabalho noturno anterior, entre os(as) técnicos(as) de enfermagem, entre os que apresentavam maior diferença entre o horário da última refeição e o horário de dormir, tanto nos dias de folga como nos dias após o trabalho noturno, sendo essa diferença maior entre os profissionais do turno noturno irregular em relação ao noturno fixo e entre os que apresentaram maior aumento do peso corporal no último ano. Além disso, o trabalho noturno anterior e a diferença de horário da última refeição e o horário de dormir no dia após o trabalho noturno foram preditores positivos e significativos da maior irregularidade temporal alimentar. |