Repercussões do câncer de pele no homem do Sertão Paraibano

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Araújo, Maria do Socorro Bezerra Queiroz de lattes
Orientador(a): Inoue, Silvia Regina Viodres lattes
Banca de defesa: Inoue, Silvia Regina Viodres, Barbieri, Carolina Luiza Alves, Stamato, Maria Izabel Calil
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Católica de Santos
Programa de Pós-Graduação: Mestrado em Saúde Coletiva
Departamento: Centro de Ciências Sociais Aplicadas e Saúde
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://tede.unisantos.br/handle/tede/6521
Resumo: Introdução: O câncer de pele é a forma mais comum de câncer em humanos e divide-se em duas categorias principais: melanoma e não melanoma. Os homens são os mais acometidos por câncer de pele em decorrência de exposição aos fatores causais da doença, como também por haver, culturalmente, um déficit de autocuidado em relação à saúde por esta população. Objetivo: Este estudo objetivou compreender as repercussões do câncer de pele para homens diagnosticados no Sertão Paraibano. Além disso, objetiva, ainda, analisar o conhecimento sobre o câncer de pele, bem como identificar as repercussões emocionais na vida familiar, social e ocupacional associadas ao diagnóstico e tratamento e conhecer as práticas de autocuidado vivenciadas no cotidiano do homem sertanejo. Metodologia: O presente estudo trata-se de uma pesquisa qualitativa descritiva e exploratória, com produção de dados no segundo semestre de 2019 com homens de uma Associação de Apoio a Diagnosticados com Câncer do interior do estado da Paraíba. Como instrumento de coleta de dados foi utilizada uma entrevista semiestruturada e sua análise por meio da análise de conteúdo sistematizada de Bardin. Resultados: Após a análise das entrevistas de 08 homens com idades entre 51 e 75 anos, foram elencadas quatro categorias: Na categoria 1) Repercussões do diagnóstico e Mudança de vida, os sentimentos de tristeza e medo foram os mais presentes, como também vergonha pelas deformidades corporais e as limitações que a própria enfermidade impõe ao participante, como a privação da exposição ao sol e o abandono de atividades laborais; 2) Espiritualidade, na qual foi percebido que, entre os participantes, o fator da religiosidade se tornou uma estratégia de enfrentamento da doença; 3) Relacionamentos, em que o fortalecimento das relações familiares e sociais também permitiram o desenvolvimento de estratégias de enfrentamento do câncer de pele, e; 4) Práticas de cuidado e tratamentos complementares, em que observou-se o não uso de terapias complementares nos homens desta pesquisa e poucas práticas de autocuidado, pois orientações como o uso de protetor solar, na maioria dos casos, foram negligenciadas.