Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Bento, Taís Costa
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Orientador(a): |
Inoue, Silvia Regina Viodres
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Banca de defesa: |
Inoue, Silvia Regina Viodres,
Barbieri, Carolina Luisa Alves,
Stamato, Maria Izabel Calil |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Católica de Santos
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Programa de Pós-Graduação: |
Mestrado em Saúde Coletiva
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Departamento: |
Centro de Ciências Sociais Aplicadas e Saúde
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://tede.unisantos.br/handle/tede/5581
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Resumo: |
As mulheres negras de baixa renda têm sua saúde afetada por diversos determinantes sociais de saúde, como raça, gênero e classe, que acabam por inferir negativamente em seus processos de acesso, utilização de saúde e até mesmo em como adoecer. As morbidades que atingem as mulheres negras se dividem entre geneticamente determinadas, adquiridas e de evolução agravada por tratamento dificultado, em qualquer um desses casos o conhecimento acerca da saúde e o autocuidado como prática, podem prevenir e tratar o adoecimento. Essa concepção de Saúde da Mulher requer uma abordagem integral do cuidado para além da Saúde Reprodutiva e seus aspectos abordados desde as primeiras políticas de saúde com recorte de gênero. Entretanto, se fizermos o recorte de raça em conjunto ao gênero, se faz necessário abordar questões de Saúde Reprodutiva devido ao atraso em abordar tal cuidado em mulheres negras. Dessa forma, a presente pesquisa teve como objetivo compreender a percepção de autocuidado em saúde reprodutiva entre mulheres negras em vulnerabilidade socioeconômica de um bairro da Zona Noroeste/Santos. Tratou-se de uma pesquisa de caráter qualitativo com realização de entrevistas semiestruturadas com 19 mulheres autodeclaradas negras (pretas e pardas) acima dos 18 anos de idade. Utilizou-se o critério de saturação de dados para delimitar o número de participantes, e os resultados coletados foram analisados a partir do método de análise de conteúdo sistematizado por Bardin. Os resultados revelaram concepções acerca da saúde e autocuidado que envolvem três aspectos (individual, social e programático) e colocam o saber médico como principal, muitas vezes invisibilizando suas próprias atitudes e práticas de autocuidado e manutenção da saúde; encontrou-se também dificuldade na percepção da raça como capaz de influenciar na saúde e no adoecer, e o entendimento de Saúde Reprodutiva como ¿reprodução¿ ou ligada à gestação. Concluiu-se que as mulheres delegam grande importância à saúde e ao autocuidado, apesar de não reconhecerem suas próprias ações de manutenção ao autocuidado, sendo que reconhecem em maior parte a atuação do profissional de medicina como detentor do autocuidado. |