Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2008 |
Autor(a) principal: |
Guimarães, Mariana Tavares
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Orientador(a): |
Pereira, Luiz Alberto Amador
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Banca de defesa: |
Bousquat, Aylene Emilia Moraes
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Frazão, Paulo
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Católica de Santos
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Programa de Pós-Graduação: |
Mestrado em Saúde Coletiva
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Departamento: |
Saúde Coletiva
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País: |
BR
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://tede.unisantos.br/handle/tede/553
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Resumo: |
Introdução: Na região do estuário de Santos e São Vicente existem várias fontes de poluição tais como indústrias siderúrgicas, petroquímicas, e de fertilizantes, terminais portuários e lixões. Metais pesados, pesticidas organoclorados, bifenilas policloradas, dioxinas e furanos estão entre as substâncias tóxicas encontradas na região, deletérias à saúde causam efeitos principalmente sobre o sistema reprodutivo. Essa exposição é suspeita de afetar a reprodução através de dano ou morte celular, podendo levar a vários desfechos adversos na progênie da população exposta. Objetivos: Estimar e comparar a prevalência dos eventos relacionados à gravidez em populações exposta e não-exposta aos contaminantes ambientais na região do estuário de Santos e São Vicente. Casuística e Métodos: O estudo faz parte de um amplo projeto, financiado pelo CNPq, intitulado Estudo Epidemiológico na População Residente na Baixada Santista-Estuário de Santos: Avaliação de Indicadores de Efeito e de Exposição a Contaminantes Ambientais que tem como objetivo estimar os efeitos à saúde associados à exposição aos contaminantes ambientais entre os moradores da Baixada Santista. O presente estudo, de desenho transversal e exploratório, avaliou preliminarmente dois bairros do município de São Vicente, próximos a uma área contaminada, e um bairro no município de Bertioga, onde não existe contaminação conhecida. Em cada área foi calculada uma amostra, tendo como base a prevalência de malformações congênitas no Brasil e a população residente por distrito censitário nos bairros obtida pelo Censo do IBGE de 2000, sendo de 236 domicílios em São Vicente e de 251 domicílios em Bertioga. Foi aplicado um questionário estruturado e pré-testado para obtenção dos dados. Para avaliar associações entre as áreas e variáveis qualitativas utilizou-se o teste quiquadrado. Resultados: Houve associação significativa entre as áreas (p<0,05) em relação ao número de gestações ocorridas nos últimos cinco anos. Em São Vicente 64 (28,3%) mulheres em idade fértil engravidaram, enquanto que em Bertioga foram 109 (38,8%). Não houve associações estatísticas significativas entre as áreas nos desfechos, aborto espontâneo, baixo peso ao nascer, prematuridade, natimortos, malformações congênitas e nascimentos múltiplos. Conclusões: As prevalências e as razões de chances prevalentes de baixo peso ao nascer, nascimentos prematuros e abortos espontâneos foram maiores nas áreas contaminadas, embora sem associações significativas. A evidência do estudo de diminuição do número de gestações nas áreas contaminadas reforça a necessidade de aprofundamento de estudos na região do estuário de Santos e São Vicente. |