Representações sociais das/os professoras/es do Programa Mulheres do Instituto Federal de São Paulo sobre as práticas pedagógicas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Silva, Solange Maria da lattes
Orientador(a): Abdalla, Maria de Fátima Barbosa lattes
Banca de defesa: Monfredini, Ivanise, Villarreal, Augustín, Mosca, Maristela de Oliveira, Berkenbrock-Rosito, Margaréte May
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Católica de Santos
Programa de Pós-Graduação: Doutorado em Educação
Departamento: Centro de Ciências da Educação e Comunicação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://tede.unisantos.br/handle/tede/7986
Resumo: Esta Tese tem como objetivo central compreender as representações sociais das/os professoras/es que coordenam os projetos de extensão do Programa Mulheres do IFSP sobre as suas práticas pedagógicas voltadas para a inclusão e para a emancipação feminina, a partir das influências/implicações do Programa na (re)constituição identitária desses profissionais da educação. Parte-se da seguinte questão-problema: O que pensam as/os professoras/es sobre as influências/implicações do Programa Mulheres do IFSP na construção de suas identidades docentes e em suas práticas pedagógicas voltadas para a inclusão e a emancipação feminina? Procura-se defender a tese de que as/os professoras/es, ao compreenderem as possibilidades de intervir, por meio de suas práticas pedagógicas na transformação da realidade das mulheres em situação de vulnerabilidade social, podem proporcionar um aprendizado mais significativo e efetivo e promover a inclusão social e emancipação feminina, assim como reduzir as barreiras de acesso à educação. Busca-se o aporte da legislação, que envolve o Programa Mulheres do IFSP, e fundamenta-se em Moscovici (2011, 2012, 2015), Bourdieu (1989, 2011, 2012), Dubar (2009, 2020), Altet (2000, 2017) e outros autores, que contribuem no campo das representações sociais, das políticas educacionais e da formação docente. A pesquisa, de abordagem qualitativa, se desenvolve no IFSP com a participação de quinze (15) municípios do estado de São Paulo, e conta com dezoito (18) professoras/es coordenadoras/es dos Projetos inseridos no Programa Mulheres do IFSP (2016 e 2019), e mais um (1) professor adicionado em 2022. Realizaram-se os seguintes procedimentos metodológicos: levantamento bibliográfico; aplicação de um questionário eletrônico respondido por quatorze (14) professoras/es; entrevistas narrativas com cinco (5) e dez (10) observações in loco. Com base na análise de conteúdo (BARDIN, 2016), desenvolveram-se duas dimensões de análise: 1ª (Re)Constituição da identidade profissional: da trajetória de formação ao habitus profissional ¿ destacando como categoria ¿Das modalidades de influência na (re)constituição identitária¿, que se subdivide em três unidades de sentido: conformidade, normatização e inovação; 2ª Representações Sociais (RS) sobre as práticas pedagógicas ¿ que se configura por meio da categoria ¿Pedagogias de Inclusão para práticas transformadoras e emancipatórias¿, abordando três unidades de sentido: desafios e tensões, saberes e práticas pedagógicas e espaços de possibilidades para as pedagogias de inclusão. Os resultados indicam que as/os professoras/es do PMIFSP precisam: 1º compreender seus percursos formativos e as influências das políticas públicas educacionais e/ou institucionais, de modo a não se ajustarem à lógica da conformidade e/ou normatização (relações de força), mas, pelo contrário, lutarem por espaços de possibilidades ou por inovações/mudanças necessárias (relações de sentido); 2º assumir uma atitude e/ou habitus profissional, que enfrente os desafios e tensões das políticas educacionais e/ou institucionais, e se disponibilize a superar os problemas advindos da normatização, no sentido de reinventar estratégias variadas e inclusivas que possam mobilizar as mulheres do PMIFSP; 3º apostar em uma sólida formação teórica e prática na direção das pedagogias de inclusão, de modo a: a) privilegiar a análise de necessidades centradas nos interesses e expectativas das mulheres envolvidas, para que se promovam práticas mais coerentes com a realidade social em que se encontram; b) desenvolver saberes teóricos, práticos, profissionais e organizacionais, a fim de se efetivar práticas, que integrem as alunas no mundo social e do trabalho, procurando fortalecer vínculos afetivos, pedagógicos e profissionais; e c) levar em conta as interações e/ou relações interpessoais (domínio relacional), a organização e gestão pedagógicas (domínio pragmático) e a gestão didático-epistêmica das aprendizagens e saberes (domínio epistêmico) na direção da emancipação feminina e da inclusão social.