Hesitação vacinal na região metropolitana da Baixada Santista e sua influência na vacinação de crianças de até dois anos de idade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Fernandes, Dalva Mendes lattes
Orientador(a): Martins, Lourdes Conceição lattes
Banca de defesa: Bernardes, Luzana M., Pamplona, Ysabely de Aguiar Pontes, Reis, Ademar Artur Chioro dos, Souza, Eduardo Carvalho de
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Católica de Santos
Programa de Pós-Graduação: Doutorado em Saúde Coletiva
Departamento: Centro de Ciências Sociais Aplicadas e Saúde
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://tede.unisantos.br/handle/tede/8002
Resumo: Introdução: A Hesitação Vacinal coloca em alerta sistemas de saúde em todo o mundo, pois há evidencias que levam a um possível retorno de doenças já eliminadas. No Brasil a frequente queda nos níveis de coberturas vacinais preocupa o Programa Nacional de Imunização do Ministério da Saúde. A baixa cobertura é multifatorial sendo um dos fatores a hesitação vacinal, que se define como o atraso em aceitar ou recusar vacinas recomendadas mesmo quando estas estão disponíveis no sistema de saúde. Objetivo: Analisar a hesitação vacinal na Região Metropolitana da Baixada Santista e sua influência na vacinação de crianças de até dois anos de idade. Metodologia: Trata-se de estudo epidemiológico transversal populacional realizado por meio de inquérito domiciliar da cobertura vacinal do esquema básico infantil (0 a 2 anos de idade) nos municípios da Região Metropolitana da Baixada Santista. O instrumento utilizado tem estrutura padronizada. Utilizou-se uma amostra probabilística aleatória populacional e nível de significância de 5%; poder de 80% chegando-se a um número mínimo de amostra de 831 participantes. O inquérito aconteceu no período de novembro de 2020 a abril de 2022. Foi realizada a análise descritiva e testes de associação de todas as variáveis. Utilizou-se a escala Likert para medir o grau de hesitação vacinal. Resultados: A amostra realizada na Região Metropolitana indicou que os respondentes em sua maioria são as mães (74%), casadas (51,1%) com escolaridade de médio completo/ superior incompleto (54%); idade entre 30 a 39 (44,5%) e trabalhando fora do lar (53,5%). As crianças são descritas como brancas (56,2%) e levadas pelas mães para vacinar (77,3%). A vacina BCG foi predominantemente dada na maternidade (74,0%) e que 13,7% e 12,9% deixaram de vacinar em campanhas de 2019 e 2020, respectivamente. A vacinação é feita majoritariamente nas Unidades Básica de Saúde (92,4%) e a Covid-19 influenciou a não aplicação de vacinas para 16,8% dos respondentes. O Teste de Qui-quadrado indica que há uma associação entre hesitação vacinal nas cidades da Região e as áreas pesquisadas sendo que a Área Norte tem o maior número de questões com porcentagens predominantes indicativas da hesitação vacinal, porém em todas as Áreas a porcentagem indicativa é significativa (p<0,05). Os testes de múltiplas comparações de Bonferroni e o Teste Kruskal-Wallis nos permitiu testar a igualdade ou não da hesitação vacinal entre as regiões. Conclusão: A hesitação vacinal é preocupante na Região Metropolitana da Baixada Santista e tem características de justificativas em relação aos motivos diferentes no Polo (Santos) e nas Áreas Central, Sul e Norte Identificamos que combater a hesitação vacinal é um desafio complexo e compreender essas relações é essencial para desenvolver estratégias de abordagens eficazes de combate a hesitação. Fatores de hesitação que se incluem na abordagem dos 5Cs foram encontrados em todas as regiões pesquisadas.