Efeito dos alimentos ricos em triptofano, em melatonina e vitaminas do complexo A, B, C, D e E associados à administração de melatonina na qualidade do sono de trabalhadoras noturnas com excesso de peso

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Santana, Patrícia Teixeira de lattes
Orientador(a): Marqueze, Elaine Cristina lattes
Banca de defesa: Marqueze, Elaine Cristina, Nehme, Patrícia Xavier Soares de Andrade, Kasabkojian, Carolina Vicaria D'Aurea
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Católica de Santos
Programa de Pós-Graduação: Mestrado em Saúde Coletiva
Departamento: Centro de Ciências Sociais Aplicadas e Saúde
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://tede.unisantos.br/handle/tede/7955
Resumo: Objetivo: O presente estudo teve por objetivo principal avaliar o efeito do consumo de alimentos ricos em triptofano, melatonina e vitaminas do complexo A, B, C, D e E associadas à administração de melatonina exógena na qualidade do sono de trabalhadoras noturnas com excesso de peso, independente da dessincronização circadiana. Métodos: Trata-se de um ensaio clínico, controlado, randomizado, duplo cego, do tipo crossover, realizado com 27 profissionais de enfermagem que trabalhavam em turnos noturnos fixos (12 horas de trabalho com 36 horas de folga). O consumo alimentar foi analisado por recordatórios alimentares de 24 horas, com registro no período entre 19:00 e 19:00 tanto nos dias de plantão, como nos dias de folga. A qualidade do sono foi avaliada pelo Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh (PSQI). Foram realizadas generalized estimating equations (GEE) para avaliar o efeito isolado do consumo de alimentos ricos em triptofano, melatonina e vitaminas do complexo A, B, C, D e E e da administração de melatonina na qualidade do sono, bem como sua interação, nos dias de trabalho, dias de folga e na avaliação da qualidade do sono considerando o trabalho e a folga em conjunto. As mesmas análises também foram realizadas ajustando-se os modelos pela dessincronização circadiana. Foi adotado um nível de significância de 5%. Resultados: A idade média das participantes era de 37,01 anos (EP 5,9 anos). Grande parte era casada (60,96%) e tinha pós-graduação completa (40,74%). A maioria era enfermeira (51,85%) e trabalhava no turno noturno por, em média, 9,2 anos (EP 6,4 anos). A maioria relatou possuir uma qualidade do sono ruim ou muito ruim (55,56%). A administração da melatonina, isoladamente, melhorou a qualidade do sono com e sem ajuste pela dessincronização circadiana. O consumo de vitamina E melhorou a qualidade do sono, mesmo após o ajuste pela dessincronização circadiana. Já o consumo de vitamina A só melhorou a qualidade do sono antes do ajuste, indicando que uma maior dessincronização circadiana interfere negativamente no efeito positivo do consumo de vitamina A. Por outro lado, o consumo de vitamina B12 melhorou a qualidade do sono somente após o ajuste da dessincronização circadiana. A interação entre a administração de melatonina e o consumo de vitaminas D3 e B12, após ajuste da dessincronização circadiana, melhorou a qualidade do sono. O efeito de interação entre a administração de melatonina e o consumo de vitaminas E e B6, que havia melhorado a qualidade do sono, deixou de existir após o ajuste. Conclusão: O consumo de vitaminas do complexo B, D e E, associados à administração de melatonina exógena, melhoraram a qualidade do sono de trabalhadoras noturnas com excesso de peso, em que a dessincronização circadiana interferiu nesta melhora apenas em relação ao consumo de vitamina E. Além disso, o consumo de vitamina A e administração de melatonina exógena, isoladamente, também melhoraram a qualidade do sono.