Os azulejos portugueses do Museu do Açude: um diálogo entre coleção e arquitetura

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Rodrigues, Mariana Fontoura
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Rio de Janeiro: Fundação Casa de Rui Barbosa, 2019.
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/20.500.11997/8931
Resumo: O azulejo, enquanto objeto decorativo e arquitetônico, vem, ao longo dos últimos cinco séculos, tanto em Portugal quanto no Brasil, sofrendo mudanças e adaptações significativas. Como suporte para inúmeras criações artísticas, ele conta através de sua trajetória um pouco da história dos dois países principalmente no contexto das artes decorativas, permitindo novos usos e interpretações. Esta pesquisa tem como objetivo apresentar um novo olhar sobre a azulejaria enquanto elemento decorativo e não somente revestimento parietal, através do programa decorativo interior e exterior de uma casa de elite do século XX. A casa, hoje Museu do Açude, pertenceu ao grande empresário, colecionador e mecenas Raymundo Ottoni de Castro Maya, personalidade marcante e importante para a sociedade do Rio de Janeiro na primeira metade do século XX e possui uma das maiores coleções de azulejaria portuguesa dos séculos XVII e XVIII no Rio de Janeiro, podendo ser considerado um museu do azulejo. Castro Maya, como ficou conhecido, transformou a pequena casa de chácara, local de grandes festas e banquetes, ao gosto neocolonial, movimento muito em voga na época, e também para preservar o passado colonial da Floresta da Tijuca com seus belos casarões, que envolve todo o entorno da casa Museu. Através da rica coleção de azulejos portugueses que foi sendo adquirida desde a década de 1920 até a década de 1940, escolhida para ser assentada em comunicação com cada espaço de habitação, Castro Maya possibilitou um novo olhar para a arte azulejar nos interiores e também no exterior, deixando uma marca na transformação do gosto e dos modos de morar da primeira metade do século XX e que até hoje impressiona a todos os visitantes.