Quando as jornalistas assumem o protagonismo : mem?ria do g?nero biogr?fico brasileiro pela ?tica feminina (1990-2020)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Adam, Felipe
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontif?cia Universidade Cat?lica do Rio Grande do Sul
Escola de Comunica??o, Arte e Design
Brasil
PUCRS
Programa de P?s-Gradua??o em Comunica??o Social
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/11140
Resumo: Esta tese de doutoramento se prop?e a investigar a contribui??o das mulheres jornalistas brasileiras, enquanto autoras de biografias, no per?odo de 1990 a 2020. O objetivo geral da presente pesquisa foi identificar a produ??o biogr?fica de mulheres jornalistas para a hist?ria do Jornalismo brasileiro, com inten??es espec?ficas de apresentar a evolu??o do mercado editorial biogr?fico no Brasil; elaborar um mapa dos protagonistas biografados durante o per?odo selecionado e, principalmente, discutir a presen?a das mulheres jornalistas enquanto bi?grafas. Com o intuito de quantificar a produ??o biogr?fica no pa?s, fez-se necess?rio, primeiramente, acessar o cat?logo virtual das 400 editoras associadas ao Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL). Assim, a partir dos dados coletados, descobriu-se que o Grupo Editorial Record, Grupo Companhia das Letras, L&PM Editores, Globo Livros, Planeta do Brasil, Rocco, Intr?nseca, Ediouro, Sextante e o Grupo Editorial Scortecci s?o as dez editoras que mais publicaram o g?nero biogr?fico em um arco temporal de 30 anos. Considerada como um g?nero h?brido (Dosse, 2009), a biografia re?ne aspectos contextuais multidisciplinares; por?m, para este trabalho, buscou-se a aproxima??o da biografia com o Jornalismo (Lima, 2009). Se a sociedade lembra daquilo que se permite recordar (Halbwachs, 1990), infere-se que o livro biogr?fico ? um produto cultural que funciona como um instrumento de mem?ria. Com o intuito de iluminar a contribui??o das jornalistas bi?grafas ? hist?ria do Jornalismo brasileiro, apoiada em uma fundamenta??o te?rica que congrega tanto os estudos de mem?ria (Halbwachs, 1990; Pollak, 1992; Candau, 2019) quanto os de hist?ria das mulheres (Perrot, 1988, 2005, 2016; Lerner, 2019, 2022), optou-se em aplicar a entrevista qualitativa, com quest?es semiestruturadas e abordagem em profundidade (Duarte, 2008) a 15 mulheres jornalistas brasileiras autoras de biografias (1990-2020), dentre um total de 23 encontradas no levantamento e que tiveram condi??es de tempo e disponibilidade para atender ao convite. S?o elas, em ordem alfab?tica: Adriana Negreiros, Alicia Klein, Clarisse Meireles, Consuelo Dieguez, Cristiane Correa, Daniela Arbex, Evanize Sydow, Jana?na Marquesini, Karla Monteiro, Leneide Duarte-Plon, Luana Costa, Luciana Hidalgo, Maria Dolores Duarte, Raquel Munhoz e Regina Echeverria. O question?rio, sustentado a partir de tr?s eixos de perguntas - aspectos biogr?ficos, ambiente jornal?stico e viv?ncia autoral - revelou nuances relativas ? trajet?ria profissional dessas mulheres. Todas elas s?o jornalistas diplomadas oriundas do Sudeste brasileiro e tiveram o primeiro contato com a leitura ainda meninas. Das 15 entrevistadas, oito mencionaram O anjo pornogr?fico: A vida de Nelson Rodrigues (Castro, 1992) e Chat?: O rei do Brasil (Morais, 1994) como fontes de inspira??o para biografias, al?m de terem desenvolvido experi?ncia na produ??o de reportagens e perfis em publica??es impressas - pelo menos dez delas trabalharam no Jornal do Brasil ou em peri?dicos da editora Abril -, um requisito essencial para a confec??o de uma biografia