Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2007 |
Autor(a) principal: |
Hauschild, Adriane
![lattes](/bdtd/themes/bdtd/images/lattes.gif?_=1676566308) |
Orientador(a): |
Moreira, Alice Therezinha Campos
![lattes](/bdtd/themes/bdtd/images/lattes.gif?_=1676566308) |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Letras
|
Departamento: |
Faculdade de Letras
|
País: |
BR
|
Palavras-chave em Português: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/2112
|
Resumo: |
O tema da dissertação é o estudo e análise da adaptação de histórias da literatura oral brasileira para a televisão. Para tal considera-se a microssérie Hoje é dia de Maria - jornada um (2005) e quatro contos da literatura oral que serviram de fonte de inspiração: A menina enterrada viva; Como a noite apareceu; Maria Borralheira e o Papagaio do Limo Verde. Os contos tradicionais da literatura oral do Brasil são elementos essenciais na construção de uma identidade. O resgate da tradição oral e a sua transformação em texto televisivo para a microssérie Hoje é dia de Maria mostram a tentativa de desvelar a cultura presente no imaginário coletivo brasileiro, identificada também nas danças dramáticas utilizadas, nas festas tradicionais e folguedos, entre outros elementos folclóricos da microssérie. Para verificar as transformações sofridas pelo texto literário ao ser adaptado para um texto televisivo, foram utilizadas as teorias de Propp (1984), na análise dos contos, e de Roland Barthes (1973), na análise da microssérie. A constituição do aporte teórico que embasou o estudo contou com os estudos e investigações dos autores e pesquisadores do folclore Luis da Câmara Cascudo (1978) e Sílvio Romero (1954), com os conceitos sobre a adaptação do autor Doc Comparato (1995), com os apontamentos teóricos sobre o discurso cinematográfico de Ismail Xavier (2005), sobre a narrativa de Jean Lefebve (1975), e sobre o conto popular de Michèle Simonsen (1987). A descrição e a análise do corpus permitiram concluir que a microssérie é uma adaptação inspirado em e que em relação à história, a adaptação valeu-se de recursos que pudessem dar conta de um universo maravilhoso dos contos de magia. A opacidade do discurso literário dos contos foi mantido na microssérie sob forma de símbolos. Concluiu-se também que as principais funções que se salientaram na análise dos contos, embora sendo executadas por personagens diferentes em contextos distintos, permaneceram as mesmas na adaptação dos contos para o texto televisivo. Os contos trazem, na sua essência, as carências, os danos, as provações pelas quais cada indivíduo precisa passar. Dessa forma, a microssérie resgata e desperta um contingente de memórias do inconsciente de cada indivíduo e, ao mesmo tempo, do inconsciente coletivo do povo brasileiro e sugere que essas memórias sejam ressignificadas. |