Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Pacheco, Diego da Silva
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Orientador(a): |
Silveira, Helder Gordim da
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em História
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Departamento: |
Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas
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País: |
BR
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/2350
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Resumo: |
Esta dissertação tem como seu principal tema as maneiras como a imprensa do Rio de Janeiro interpretou a deposição do presidente argentino Arturo Frondizi. O foco dessa análise foi em três importantes jornais cariocas durante os anos 50 e 60, O Globo, o Correio da Manhã e o Jornal do Brasil. Esse foi um evento de grande repercussão hemisférica e que compôs a conturbada trama política latino-americana do período. O país platino viveu ao longo desse período uma conjuntura particular, caracterizada pelas disputas decorrentes da crise do seu respectivo modelo de modernização, vigente desde os anos 40, o peronismo. Com a deposição de Juan Domingo Perón, em setembro de 1955, evento que ficou conhecido como Revolución Libertadora, iniciou-se um conturbado momento da história argentina, onde as diversas forças políticas que compunham a nova ordem se confrontaram em busca da hegemonia outrora pertencente ao peronismo, ou seja, o direito de estabelecer as diretrizes políticas do novo regime. Após três anos de governos militares houve eleições democráticas, onde Frondizi foi eleito pela legenda da Unión Cívica Radical Intransigente. Ao longo dos quatro anos que esteve na presidência argentina, Frondizi pôs em vigor um modelo desenvolvimentista e teve de lidar com diversas crises ocasionadas pelas tensões entre peronistas e militares. Essa trama serviu de subsídio para a constituição de uma prática discursiva pelos jornais brasileiros e teve uma notoriedade em virtude da importância das representações da política argentina no Brasil. Dessa maneira, a repercussão dos acontecimentos que abrangeram a deposição do presidente argentino foi elemento da constituição de uma ideologia por parte desses agentes históricos, que visou, em uma possível leitura, constituir imagens da própria política nacional brasileira em torno das analogias com a conjuntura platina. Portanto, em torno de temas como a democracia, autoritarismo, o papel das forças armadas, desenvolvimento econômico e a conjuntura latino-americana esses jornais estabeleceram uma leitura da realidade política brasileira, posta em paralelo com a Argentina, que atuou como elemento de uma prática discursiva que visou atuar no contexto sócio-estruturado brasileiro a fim de estabelecer relações ou sustentar de poder. |