Três temas de Ser e tempo diante do método analítico-lingüístico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Zeifert, Emanuel Bagetti lattes
Orientador(a): Stein, Ernildo Jacob lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Filosofia
Departamento: Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas
País: BR
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/2811
Resumo: As questões suscitadas pela multiplicidade de temas abordados em Sein und Zeit (SZ), bem como o modo heideggeriano de apresentação e articulação de seu pensamento, levaram à procura de um ponto de partida desde o qual uma maior aclaração e compreensão das questões ali presentes pudessem ser alcançadas. Considerando isso, nosso estudo apresenta uma discussão de três temas da filosofia de Martin Heidegger a partir da recepção analítico-lingüística de Ernst Tugendhat. Tendo como pano de fundo as questões e pressupostos fundamentais de SZ, o estudo abordou três temas constituintes do projeto de SZ: (1) a relação do Dasein com seu próprio ser; (2) a relação do Dasein com os entes intramundanos que não possuem seu modo de ser; (3) a pergunta pelo sentido do ser. O enfoque analítico-lingüístico na discussão de conceitos e teses relativos a esses temas resultou, assim, na constatação tanto de pontos produtivos e quanto problemáticos da posição de Heidegger. No que concerne a (1), a interpretação de Tugendhat mostra a significativa novidade e vantagem do modelo heideggeriano do relacionar-se consigo mesmo diante dos modelos tradicionais baseados na relação sujeito/objeto. A respeito de (2), apresentam-se os problemas da concepção de Heidegger da primazia da manualidade [Zuhandenheit] em comparação com o ser simplesmente dado [Vorhandenheit] e, ao mesmo tempo, destaca-se a importância do conceito de mundo nesse âmbito de questionamento. Quanto a (3), colocam-se algumas questões sobre a universalidade e adequação da pergunta guia de SZ. Vistas em conjunto, essas discussões oferecem, primeiro, uma visão da perspectiva analítico-lingüística de interpretação; segundo, uma determinação dos pontos em comum entre as posições filosóficas de Heidegger e Tugendhat; terceiro, subsídios para um estudo de caráter mais amplo envolvendo mais aspectos importantes da filosofia de Heidegger e uma discussão dos pressupostos metodológicos da interpretação de Tugendhat.