Políticas da existência no campo da saúde : o público como um dispositivo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Bernardes, Anita Guazzelli
Orientador(a): Guareschi, Neuza Maria de Fátima lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Psicologia
Departamento: Faculdade de Psicologia
País: BR
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/793
Resumo: Esta tese analisa o público como um dispositivo na saúde. Para tanto, a saúde pública, no Brasil, é tomada como caso-pensamento e o público como conceito-problema que permite colocá-la em análise. O objetivo do estudo refere-se à configuração do público na sua articulação com o campo da saúde, mediante os conceitos de verdade, poder e subjetividade. Estes conceitos foucaultianos são articulados às discussões sobre o público como espaço de reconhecimento de si e do outro, no que tange ao mercado de trocas e à vida política, para se metamorfosear no campo da saúde, a partir da emergência da questão social produzida pela industrialização, como um dispositivo de produção da figura do sujeito-indivíduo, distanciando-se de uma experiência de alteridade. O dispositivo de publicização torna a saúde e as populações uma questão política que investe na privatização da existência. Parte-se de uma genealogia do público e o modo como este se transforma quando se articula a novos objetos no campo da saúde: a defesa de fronteiras, as epidemias, o trabalho, a cidadania, o dever e o direito, produzindo distintos modos de subjetivação - a população, o indivíduo, o trabalhador/família e o cidadão.