Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Feltes, Paula Kopschina
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Orientador(a): |
Jeckel, Cristina M. Moriguchi
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
eng |
Instituição de defesa: |
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Gerontologia Biomédica
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Departamento: |
Escola de Medicina
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/9028
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Resumo: |
Sem dúvida a expectativa de vida tem aumentado de forma constante nos últimos 200 anos. Predições para o ano de 2030 apontam que aproximadamente 20% da população terá mais de 65 anos de idade. Neste contexto, é importante compreender fatores que possam afetar a qualidade de vida dos idosos, como doenças neurodegenerativas e distúrbios psiquiátricos como a depressão maior (MDD). A MDD afeta aproximadamente 350 milhões de pessoas em todo o mundo, sendo a doença psiquiátrica mais comumente diagnosticada em idosos e tem como fator de risco o estresse. Durante o envelhecimento há uma redução gradual da capacidade adaptativa ou de recuperação ao estresse (resiliência). Diferenças individuais no processo de envelhecimento podem ser conceituadas como o acúmulo do desgaste diário e estressores maiores de vida, que interagem com a constituição genética e possível presença de adversidades durante a infância e adolescência. Apesar de esforços consideráveis, os mecanismos patofisiológicos completos envolvidos na depressão permanecem desconhecidos. Uma hipótese recente implica a neuroinflamação como importante componente na MDD. Portanto, uma investigação aprofundada em relação às vias biológicas relacionadas ao estresse e à neuroinflamação podem auxiliar no melhor entendimento desta doença. No presente estudo, observamos que a ativação do sistema hipotalâmico-pituitário em resposta ao modelo animal de derrota social é capaz de induzir (neuro)inflamação e sintomas depressivos em roedores. Adicionalmente, demonstramos neste modelo animal que a exposição a eventos adversos durante a adolescência impacta significativamente na resposta comportamental e neuroinflamatória a situações de estresse recorrentes durante a vida adulta. Além disso, observamos que a exposição e a vitória repetidas em confrontos agressivos no modelo de derrota social alteram receptores cerebrais dopaminérgicos, sugerindo um possível efeito de formação de hábito, aumentando comportamentos violentos e agressividade em indivíduos. Nos estudos descritos na presente tese, utilizamos a tomografia por emissão de pósitrons (PET), uma técnica de imagem funcional não invasiva para investigar os mecanismos patofisiológicos envolvidos na MDD e também, em agressividade. Como a mesma metodologia de investigação pode ser aplicada em humanos, o PET é uma ferramenta que pode fornecer informações importantes relativas a alterações cerebrais tanto em pacientes depressivos quanto agressivos, contribuindo para o diagnóstico e terapia personalizadas. |