Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2006 |
Autor(a) principal: |
Paim, Maria Cristina Chimelo
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Orientador(a): |
Strey, Marlene Neves
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Psicologia
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Departamento: |
Faculdade de Psicologia
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País: |
BR
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/689
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Resumo: |
Este estudo visa compreender como homens e mulheres atletas percebem a violência, a violência no esporte e a violência de gênero contra a mulher no contexto esportivo, bem como compreender como esses atletas percebem as conseqüências dessa violência de gênero para as atletas. Participaram do estudo vinte atletas de handebol e futsal, na faixa etária entre 18-28 anos. Sendo 11 atletas mulheres e 9 atletas homens. As entrevistas foram analisadas através do referencial da hermenêutica de profundidade de Thompson, com a análise temática de conteúdo. Os resultados apontam que a violência, na visão dos(as) atletas, é um instrumento e não um fim. É uma violência aprendida e reproduzida, fruto das desigualdades apresentadas nas relações sociais. O contexto esportivo ainda oferece um dos últimos redutos de masculinidade tradicional, onde a dominação de gênero é bastante presente. A violência de gênero contra a mulher no esporte é entendida como uma relação marcada pelas relações de poder desiguais entre os gêneros, ou seja, do homem sobre a mulher. Esses modos assimétricos de relações sociais de gênero podem ser re-significados, visto que, são sociais e culturalmente construídos, e não são, as essências de mulheres e homens. Com relação às conseqüências, percebemos que ser mulher no contexto esportivo, tem sido, e ainda é, viver à sombra de questões culturais decorrentes da dominação de classe e gênero. Alguns fatores foram apontados pelos(as) atletas como causadores de prejuízos psicológicos para a mulher atleta. Entre eles: O não reconhecimento do ser mulher atleta, ou seja, não ser reconhecida pelo seu desempenho profissional dentro das quadras, mas pelo seu belo corpo; as relações sociais no esporte serem constituídas em cima de valores sexistas, e a mulher atleta não viver dignamente através de seu trabalho no contexto esportivo. Esses fatores são formas simbólicas de dominação de gênero, que impedem a construção de uma sociedade justa para homens e mulheres, onde as mulheres tenham também, o direito de decidir, agir, transformar, enfim ser um alguém que se constrói e constrói o mundo. |