Adenomastectomia: avaliação da satisfação das pacientes quanto ao resultado estético

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Viegas, Janaína Ferreira lattes
Orientador(a): Frasson, Antonio Luiz lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Gerontologia Biomédica
Departamento: Instituto de Geriatria e Gerontologia
País: BR
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/2652
Resumo: O envelhecimento populacional é uma tendência observada nas últimas décadas no nosso país e sabe-se que o câncer de mama tem grande prevalência nessa faixa etária. A adenomastectomia tem sido defendida como uma eficaz opção de tratamento para pacientes com câncer de mama. Essa técnica cirúrgica na qual a pele e o complexo aréolo-mamilar podem ser preservados com recontrução imediata com prótese ou expansor, minimiza o sentimento de mutilação pela perda da mama resultante da mastectomia convencional. O objetivo do trabalho foi estudar as pacientes submetidas à adenomastectomia e avaliar no pós-operatório a satisfação quanto ao resultado estético. Essa avaliação foi feita de acordo com as respostas a um questionário com três perguntas. A amostra foi constituída de 36 pacientes, sendo que dessas 24 realizaram procedimento bilateral. A idade média das pacientes foi de 44,2 anos. A maior parte das indicações desse procedimento foi por biópsias com diagnóstico de carcinoma ductal invasor (38,9%). A maioria das pacientes apresentava estadiamento clínico pré-operatório 0 (carcinoma in situ) e I. Houve 17 cirurgias contra-lateral profiláticas. O índice de satisfação quanto ao resultado estético da cirurgia foi alto, 51% acharam bom e 43% ótimo. Não verificamos diferenças estatisticamente significativas quando comparamos os índices de satisfação em relação às variáves: tempo decorrido após a cirurgia, realização ou não de quimioterapia, presença de companheiro e idade. A radioterapia adjuvante foi feita em 30,6% dos nossos casos. A recidiva local ocorreu em apenas dois casos (5,6%) num seguimento médio de 23,6 meses. A incisão mais utilizada foi a periareolar com extensão lateral radial. As recontruções mamárias foram realizadas com prótese de silicone em 69,4% e expansor em 30,6% dos casos. As taxas de complicações da nossa série foi baixa, não houve nenhum caso de necrose do complexo aréolo-mamilar e apenas um caso de infecção. Nosso estudo identificou uma alta taxa de satisfação com o resultado estético e um baixo índice de complicações, sugerindo que adenomastectomia pode ser uma boa opção no tratamento do câncer mamário.