Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2007 |
Autor(a) principal: |
Drews, Anna Cláudia
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Orientador(a): |
Stein, Renato Tetelbom
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Medicina/Pediatria e Saúde da Criança
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Departamento: |
Faculdade de Medicina
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País: |
BR
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/1455
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Resumo: |
Introdução: O escarro induzido (EI) é um método não-invasivo útil para avaliar a inflamação de vias aéreas inferiores, característica principal observada na asma. Sabe-se que em adultos a inflamação do tipo eosinofílica é a mais comumente encontrada, pois a maioria desses pacientes apresenta alergia como característica associada. Em crianças, observa-se um número significativo de asmáticos com características não-alérgicas e nestes casos ainda não está bem definido qual o padrão inflamatório predominante. Há poucos estudos comparando a inflamação brônquica entre estes diferentes fenótipos de asma. Nosso estudo teve como objetivo avaliar características citológicas do EI em crianças com asma atópica e não-atópica, comparando-as a um grupo controle sadio. Métodos: Dentre crianças que participaram da fase II do estudo ISAAC no sul do Brasil, que tinham respondido ao questionário de doenças respiratórias e haviam sido submetidas a testes cutâneos para alérgenos ambientais comuns, uma sub-amostra aleatória foi selecionada. Assim definiram-se grupos representando dois fenótipos clínicos de asma e um grupo controle de normais, a saber: asma atópica (AA), asma nãoatópica (ANA) e controles não-asmáticos/não-atópicos (NANA). Todas estas crianças tiveram escarro induzido através de solução salina a 4.5% e as características citológicas foram comparadas entre os três grupos. Resultados: Noventa crianças foram selecionadas a participar do estudo, sendo incluídas setenta e seis crianças (28 AA, 29 ANA e 19 NANA), com média de idade de 13 (0.97) anos. O escarro foi induzido com sucesso em 55 (72.3%) crianças (21 AA, 21 ANA e 13 NANA). Os dados demográficos e a média do VEF1 foram similares nos três grupos. A mediana (intervalo interquartil) da proporção de eosinófilos foi significativamente superior no escarro dos AA [9 (14)], comparado aos ANA [1 (2)] e aos NANA [0.5 (1)], p<0,001. A proporção de crianças com eosinofilia no escarro (eos ≥3%) foi também significativamente maior nos AA (81%) que nos ANA (23.9%), e não houve nenhum caso entre os NANA (p<0,001). A mediana (intervalo interquartil) da contagem de neutrófilos foi significativamente maior no escarro dos ANA [18 (5.6)], comparado aos AA [11 (2)] e aos NANA [(13 (7)], p<0.001. Conclusões: Os resultados indicam que uma inflamação eosinofílica, assim como ocorre em pacientes adultos, pode ser detectada desde a pré-adolescência em crianças com asma atópica. Por outro lado, asmáticos não-atópicos não apresentam este perfil de resposta inflamatória, sendo neste grupo evidenciada uma maior proporção de neutrófilos |