Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Barros, Eduardo Portanova
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Orientador(a): |
Gerbase, Carlos
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social
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Departamento: |
Faculdade de Comunicação Social
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País: |
BR
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/4382
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Resumo: |
O sociólogo Michel Maffesoli caracteriza o pós-moderno como uma sensibilidade alternativa aos valores sustentados pela lógica de cunho racionalista. Isso significa dizer que, hoje. Já é possível, com mais clareza, observar aspectos como as emoções, os sentimentos e as intuições de um artista - no caso, o dionisíaco (referente a Dionísio, o deus da tragédia) Rui Guerra - e de seu imaginário (sonhos e desejos). Este é o objetivo da tese: investigar a trajetória como processo autoral de Ruy Guerra pelo viés do imaginário na linhagem de Gaston Bachelard, Gilbert Durand e Michel Maffesoli. Focamos um cineasta cujo perfil nos remete ao espírito dionisíaco da desmedida e do insólito, que atuou tanto no Cinema Novo brasileiro dos anos 1960 - uma fase marcada pela ideologia política - quanto no ambiente da hedonista pósmodernidade. O que interessa, neste painel, é mostrar como se dá o equilíbrio. em Rui Guerra, entre suas pulsões subjetivas e coerções objetivas (Durand). Não se trata de buscar uma resposta rígida na direção de um conceito, e sim procurar uma constelação de fatores. Conforme Maffesoli, "todo objeto ou fenômeno está ligado a outros. e é determinado por eles. E, por isso mesmo, está sujeito à mudança e ao acaso" (2004, p.10). Interessa-nos, portanto, revisar e questionar a noção de autoria cinematográfica pós-moderna através do imaginário deste cineasta como pessoa inserida na coletividade (o "eu-outro"). A autoria cinematográfica é vista como trilha de uma vivência cultural intransponível do ser humano enquanto manifestação do seu imaginário. Não se trata, aqui, de descobrir o que o cineasta, atrás da câmera, pensa, mas admitir que um filme, em determinadas circunstâncias, pode ser a representação simbólica de uma individualidade sensível e, só por isso, ele já se justificaria. Procuramos refletir sobre uma idéia que, inserida em uma sociedade pós-moderna, antes acolhe do que exclui um cinema instintivamente autoral. Estes filmes, hoje, não teriam, de forma específica, uni cenário político ou contestatório como no ambiente da ditadura dos anos 1960. O importante é a expressão do artista dentro de uma lógica contraditorial, cuja relação "eu-outro" fundamenta os aspectos éticos, técnicos e estéticos do fazer cinematográfico. |