O Ogro que virou príncipe : uma análise dos intertextos presentes em Shrek

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Corrêa, Adâni lattes
Orientador(a): Moreira, Alice Therezinha Campos lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Letras
Departamento: Faculdade de Letras
País: BR
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/2227
Resumo: A presente dissertação O OGRO QUE VIROU PRÍNCIPE: UMA ANÁLISE DOS INTERTEXTOS PRESENTES EM SHREK enquadra-se na área de Produção Cultural para Crianças, fazendo uma interface entre literatura infantil e filme direcionado ao público infantil. O objeto deste trabalho são os filmes Shrek I e Shrek II, juntamente com a obra de William Steig, de mesmo título, e contos de fadas com os quais os filmes entretêm relações dialógicas em vários planos. Investigou-se como aparece representada a intertextualidade entre as formas narrativas fílmica e verbal, tendo por base estudos de vários autores sobre a intertextualidade. De Lotman obteve-se o apoio teórico quanto às questões relativas à narrativa cinematográfica, e a análise dos textos foi orientada pelo modelo actancial proposto por Greimas. Buscou-se a origem dos contos de fadas, traçando uma breve evolução da literatura infantil, com destaque para o conceito de conto e caracterização de sua estrutura. Como o foco central deste trabalho é a narrativa cinematográfica, mostra-se um breve histórico do cinema de animação e, principalmente, da produção cultural destinada ao público infantil. Desenvolveu-se a análise e a interpretação, não só do conto A bela adormecida, nas versões de Perrault e dos Irmãos Grimm, como da obra Shrek, escrita por William Steig, e dos dois filmes da série Shrek, tendo-se constatado a existência de intertextualidade principalmente sob a forma de paródia, chegando ao grotesco. Tal procedimento não se limita apenas à estrutura textual, está também no aproveitamento de elementos temáticos e na adaptação das personagens já consagradas pelo público que são retomadas na narrativa fílmica. A própria obra de William Steig, Shrek, que deu nome ao filme, foi utilizada como intertexto Além disso, identificaram-se inúmeras citações de cenas de filmes destinados a adultos. O estudo desenvolvido pôde constatar que o tradicional, o antigo, ressurgem e unem-se ao moderno, nas produções artísticas atuais para crianças, mostrando a importância que a literatura oral continua tendo, em especial os contos de fadas, já que, passado muito tempo, seus temas ainda alimentam o imaginário infantil porque universais e são retomados pelo cinema contemporâneo