Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Vilanova, Cíntia Simeão
 |
Orientador(a): |
Blochtein, Betina
 |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Zoologia
|
Departamento: |
Faculdade de Biociências
|
País: |
BR
|
Palavras-chave em Português: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/221
|
Resumo: |
Prunus persica L., popularmente conhecida como pêssego, é considerada auto-fértil, entretanto, estudos indicam que a polinização entomófila eleva a produtividade e qualidade dos frutos obtidos. Considerando-se a importância da espécie na fruticultura no Rio Grande do Sul, avaliou-se o potencial polinizador de Apis mellifera L. em flores de Prunus persica cv. Premier e o incremento na produção e na qualidade dos frutos obtidos. Os estágios da antese foram caracterizados e relacionados a aspectos morfológicos da corola, receptividade do estigma, e à viabilidade dos grãos de pólen. Paralelamente, o comportamento das abelhas nas flores foi acompanhado considerando-se as estruturas tocadas, os recursos coletados, o número de flores visitadas por planta e o tempo de permanência nas flores. A partir de testes de polinização (autogamia e livre visita de insetos) comparou-se a taxa de frutificação e aspectos da qualidade dos frutos como taxa de sólidos solúveis totais (SST) e a acidez total titulável (ATT). A frequência de visitas de insetos às flores foi registrada e relacionada ao desenvolvimento da cultura. Insetos visitantes florais foram capturados diretamente nas flores, ao longo do período de plena floração. Durante o forrageio as abelhas africanizadas tocaram anteras e estigmas, visitaram entre 1-21 flores/planta e permaneceram nas flores de 1-52 segundos. Para a coleta de recursos, a média de duração das visitas de coleta de néctar foi de 11,8s e de pólen 8,8s. A taxa de frutificação elevou-se em 15% com a livre visitação de insetos comparativamente às parcelas de autogamia. O peso dos frutos obtidos no tratamento de livre visita de insetos foi em média 5,6% maior que a média dos frutos com autogamia. As taxas de SST e ATT e o foram estatisticamente menores no tratamento de livre visita do que no de autogamia. Estes resultados indicam maior durabilidade e menor acidez nos frutos polinizados por insetos. A floração nas duas áreas de estudo foi sincrônica e prolongou-se por sete semanas. Foi registrada a ocorrência de 20 espécies de visitantes florais, dentre os quais A. mellifera apresentou-se como a mais abundante nas duas áreas estudadas. A frequência de insetos esteve diretamente correlacionada com a floração e o maior índice de visitas foi registrado no horário das 12h, quando foram observadas as temperaturas diárias mais elevadas. Embora as visitas de insetos tenham elevado a produtividade de frutos de P. persica sugere-se que o incremento ainda poderia ser aumentado com o manejo dirigido de abelhas na cultura durante o período de floração |