Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Kieling, Camila Garcia
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Orientador(a): |
Hohlfeldt, Antonio Carlos
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social
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Departamento: |
Faculdade de Comunicação Social
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País: |
BR
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/4410
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Resumo: |
Nossa pesquisa apresenta uma análise das relações entre conhecimento e realidade através do discurso do jornal O Povo, o primeiro periódico oficial da República Rio-Grandense, que circulou de 1838 a 1840, na cidade de Piratini e depois em Caçapava, no Rio Grande do Sul. A publicação do jornal está inserida no contexto da Revolução Farroupilha, uma das revoltas provinciais que marcaram o período regencial brasileiro. Para tanto, nossos referenciais teóricos são a Sociologia Fenomenológica de Alfred Schutz, em seu interesse nas relações entre consciência e realidade, a noção de dispositivo, apresentada por Maurice Mouillaud, e a Análise do Discurso de Patrick Charaudeau, através da sua teoria da enunciação. Aplicada ao campo da Comunicação, a Fenomenologia vê os fenômenos midiáticos como mediadores das subjetividades, reforçando ou confrontando os significados construídos na vida cotidiana. Através dos meios de comunicação, é possível entrar em contato com as relevâncias e tipificações presentes em determinada sociedade. Nosso objeto de análise foi o discurso presente no jornal, visto como uma situação de comunicação, ou seja, o encontro de quatro sujeitos da fala submetidos a um contexto de expectativas, onde determinados contratos e estratégias estão em jogo. As 160 edições d O Povo, jornal Político, literário e ministerial da República Rio-Grandense, permitem analisar alguns dos significados partilhados pelos revolucionários republicanos na vida cotidiana, como a questão da legalidade, a influência do pensamento liberal, a participação dos escravos, a constituição dos símbolos pátrios, a visão do papel feminino na sociedade. Além disso, a pesquisa revela procedimentos e características específicos dos jornais brasileiros da primeira metade do século XIX, um momento em que houve, nas palavras de Morel (2003), uma verdadeira explosão da palavra pública. |