Inventário de organização da personalidade : uma revisão sistemática

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Azevedo, Juliana Tainski de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Escola de Medicina
Brasil
PUCRS
Programa de Pós-Graduação em Medicina e Ciências da Saúde
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/9087
Resumo: Referencial teórico: O conceito de personalidade se refere a um conjunto de características do indivíduo, que mantém seu comportamento relativamente estável e, consequentemente, o torna um ser com características únicas. Os modelos teóricos são hipóteses baseadas em achados observáveis, e sua base apoia-se em teorias desenvolvidas previamente. O modelo de Organização da Personalidade (OP) de Otto Kernberg baseia-se na teoria das relações de objeto oriunda da psicanálise e objetiva compreender e explorar os constructos Difusão de Identidade, Defesas Primitivas e Teste de Realidade, bem como Agressividade e Valores Moraes, possibilitando ao clínico uma gama útil de informação, detecção e compreensão dos matizes de gravidade sintomática. O Inventário de Organização da personalidade (IPO) é um instrumento autoaplicável que pretende medir estes construtos. Objetivos: Tendo em vista a diversidade de estudos e o amplo uso do IPO no mundo, esta revisão buscou sistematizar os resultados das evidências científicas para utilização do IPO como instrumento clínico e de pesquisa. Estratégia de Seleção: Foram pesquisados nas fontes MEDLINE (acessado pelo PubMed), EMBASE, Psycoanalitic Eletronic Plublishing (PEP) e o Periódicos CAPES (através do servidor EBSCO, que inclui a busca no PsycINFO), utilizando-se os descritores “IPO”, “Inventory of Personality Organization” e “personality organization". Não houve restrição de população, metodologia, intervenção ou data de início dos estudos, apenas o limite de março de 2019. Sessenta estudos foram selecionados e subdivididos em estudos de propriedades psicométricas e de aplicação clínica. O protocolo de registro do PROSPERO foi CRD42017068009. Resultados: Quanto aos resultados psicométricos, observou-se uma ausência de padronização e divergências nos resultados referentes aos modelos fatoriais mais adequados para representar os construtos da OP medido pelo IPO. No entanto, parece haver uma tendência atual a escolha de modelos fatoriais que apresentem um Fator de Geral como expressão da gravidade da doença estrutural. Indícios apontam para a união das duas Subescalas Clínicas Primárias em uma única composta por DI e DP. Estruturas fatoriais necessitam ainda de serem confirmadas em outras pesquisas. A relevância e aplicabilidade clínica do IPO bastante extensas e diversificadas foram confirmadas. Campos de pesquisas futuras e perspectivas do uso de IPO na prática clínica propriamente dita são discutidas e propostas. Conclusões: Os resultados obtidos com esta revisão sistemática indicaram implicações relevantes do uso do instrumento na prática clínica com alguns indicativos de predição de desfechos. A abordagem de expressões clinicamente detectáveis e disfuncionais, quando guiados pelo entendimento mais amplo e profundo do comportamento humano, a saber da OP, pode ser otimizado e apresentar melhores respostas em âmbito clínico geral. O IPO pode oportunizar este entendimento de forma útil e amplamente difundida.