Caracterização da variabilidade genética e avaliação das prováveis áreas de alimentação baseada no DNA mitocondrial da população de baleias Jubarte, Megaptera novaeangliae, no banco dos Abrolhos, Bahia, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: Coitinho, Márcia Helena Engel
Orientador(a): Bonatto, Sandro Luis lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Zoologia
Departamento: Faculdade de Biociências
País: BR
Palavras-chave em Português:
DNA
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/294
Resumo: No Oceano Atlântico Sul Ocidental as baleias jubarte migram a cada inverno para o banco dos Abrolhos (16°40 to 19°30 S; 37°25 to 38°57 W) para acasalamento e cria de filhotes. Entretanto, esta população permanece geneticamente não caracterizada e suas áreas de alimentação são ainda desconhecidas, uma vez que não há pareamento fotográfico de indivíduos entre Abrolhos e os sítios de alimentação na Antártida. A fim de examinar estas questões, sequenciamos um segmento de 450 pares de bases do DNA mitocondrial da região controladora de baleias jubarte de Abrolhos (n=176) e das proximidades da Península Antártica (n=77). Um total de de 61, 17 e 13 haplótipos foram determinados respectivamente no Brasil e nas Áreas I e II da Antártida. A variabilidade genética da área de reprodução brasileira foi alta, similar à de outros sítios reprodutivos do Hemisfério Sul. A proporção de haplótipos compartilhados e a distância genética demonstraram uma maior semelhança entre as duas regiões antárticas que entre o Brasil e qualquer uma destas áreas. Estes resultados indicam que as populações de baleias jubarte das àreas I e II da Antártida parecem não possuir uma clara diferenciação e que os limites entre as àreas I e II correntemente definidos pela Comissão Internacional da Baleia devem ser deslocados para leste. Sugerimos que a área de alimentação da população de baleias jubarte brasileiras não estaria na Península Antártica ou próximo a ela, mas pode estar localizada na porção leste da Área II, no mar de Weddell ou próximo às ilhas Geórgias do Sul.