A pintura verbal de Armindo Trevisan

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Mello, Renato Dias de lattes
Orientador(a): Moreira, Alice Therezinha Campos lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Letras
Departamento: Faculdade de Letras
País: BR
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/1830
Resumo: Esta dissertação tem por objetivo analisar a relação entre o espaço poético e o pictórico como produtores de sentidos nos poemas intertextuais de Armindo Trevisan. Também estuda a estrutura poética da obra do autor, bem como os quadros dos pintores. Trevisan é um poeta ainda pouco estudado no universo acadêmico. Tem recebido da crítica e da mídia crescente reconhecimento, tanto como poeta quanto como ensaísta de arte. Embora o trabalho tenha como recorte somente os poemas pictóricos, analisou-se quase toda a sua obra poética, constituída de quinze livros, a contar da estréia, com A surpresa de ser (1967), até Os sonhos nas mãos (2004). Procurou-se comprovar que os poemas pictóricos de Trevisan não são meras descrições de quadros, mas deslocam o olhar do observador para um espaço determinado, possibilitando releitura diferenciada que, por sua vez, leva a outras, criando instantes de surpresa que fazem com que o observador retorne aos poemas num movimento circular. Em nível metodológico, utilizaram-se conceitos de Bachelard, ensaios do livro Intertextualidade (1979) e Espaço e textualidade: quatro estudos quase-semióticos de Pino (1998). Fazem parte do método de análise as considerações sobre a poesia e suas possibilidades de leitura, conforme o poeta inglês W. H. Auden em A mão do artista (1993), a Obra poética (1995) de Fernando Pessoa, e os livros Reflexões sobre poesia (1993) e A poesia: uma iniciação à leitura poética (2000) de Trevisan.