Associação da força de preensão palmar com mobilidade, equilíbrio e atividades de vida diária em idosos do estudo multidimensional dos idosos de Porto Alegre EMIPOA

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Idalêncio, Fabio Armani lattes
Orientador(a): Schwanke, Carla Helena Augustin lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Gerontologia Biomédica
Departamento: Instituto de Geriatria e Gerontologia
País: BR
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/2642
Resumo: Introdução: a diminuição da capacidade funcional é um fenômeno frequente entre os idosos, aumentando o risco de doenças e de morte, comprometendo sua qualidade de vida, autonomia e independência.Objetivo: descrever o desempenho funcional nos testes de avaliação da força de preensão palmar (FPP), do equilíbrio, da mobilidade e da capacidade funcional relacionada às atividades de vida diária (AVD) de idosos residentes na comunidade e analisar sua associação com aspectos demográficos, socioeconômicos e culturais.Métodos: trata-se de um estudo transversal, observacional, com análise retrospectiva de dados do Estudo Multidimensional dos Idosos de Porto Alegre (EMIPOA), referente à avaliação da FPP à direita (D) e à esquerda (E), do Timed up and go test (TUGT) - que avalia mobilidade funcional, do Teste do Alcance Funcional (ALC) - que avalia equilíbrio, e índice de Barthel - que avalia as AVD.Resultados: foram avaliados 424 idosos, sendo 69,8% do sexo feminino com idade média de 70,7 ± 7,5 anos. Quanto ao desempenho funcional, na análise da FPP, a média da força dos idosos homens foi significativamente maior em relação às mulheres; já nos idosos de 60 a 69 anos (D=32,7±8,9 kg/f e E=31,0±9,4 kg/f), a FPP mostrou-se elevada em relação às outras faixas etárias. Não houve diferença significativa entre a força de preensão palmar nas mãos D e E (D=30,2±9,1 e E=29,3±9,2). A média do teste de ALC foi de 26,6±23,9cm (baixo risco de queda); do TUGT foi de 12,7±5,4 segundos (independente para mobilidade funcional) e a média do índice de Barthel foi de 96,7±7,1 (idosos independentes). Observou-se associação significativa dos testes de desempenho funcional com faixa etária, sendo que o TUGT foi consideravelmente menor na faixa etária entre 60-69 anos; as FPP D e E foram significativamente maiores entre a faixa etária de 60- 69 anos; a mediana do teste do ALC foi significativamente menor na faixa etária entre 70-79 anos. Adicionalmente, foi encontrada correlação significativa, moderada e negativa entre idade e FPP D e E; fraca e negativa entre Barthel e idade; e fraca e positiva entre TUGT e idade. Foram encontrados resultados significativos entre os sexos, sendo que o índice de Barthel, ALC, FPP D e E foram significativamente maiores entre os homens. Observou-se associação entre renda familiar e o índice de Barthel (os idosos que recebiam até 2 salários mínimos apresentaram desempenho significativamente menor). Os idosos sem instrução tiveram desempenho no índice Barthel significativamente menor em relação aos demais níveis de escolaridade e no TUGT significativamente maior em relação aos idosos com 1º e 2º grau completo. Em relação à cor, não se observou diferenças estatisticamente significativas.Conclusão: Observou-se associação significativa dos testes de desempenho funcional com faixa etária (TUGT, FPP à D e à E e teste do alcance funcional), sexo (Índice de Barthel, teste do alcance funcional, FPP à D e à E), idade (Índice de Barthel, TUGT, FPP à D e à E), renda familiar (índice de Barthel), escolaridade (TUGT, Índice de Barthel) e estado civil (TUGT, Índice de Barthel, FPP à D e à E).