[pt] O PENSAR E O AGIR DE DOCENTES UNIVERSITÁRIOS A PARTIR DAS FISSURAS E BRECHAS DECOLONIAIS: AS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS EM FOCO NA PÓS-GRADUAÇÃO
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
MAXWELL
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=48368&idi=1 https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=48368&idi=2 http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.48368 |
Resumo: | [pt] Esta tese tem como objetivo compreender como os docentes universitários concebem, constroem e assumem nas suas atividades acadêmicas uma práxis centrada na perspectiva decolonial e intercultural, efetivando o giro epistêmico demandado pela ruptura da universidade na qual atuam com os paradigmas epistemológicos tradicionais. Ela é o resultado da pesquisa que se desenvolveu olhando para a implementação do Mestrado Profissional do Programa de Pós Graduação em Ensino e Relações Étnico-Raciais (PPGER) da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), cuja proposta focaliza as relações étnico-raciais. Trata-se de um programa de Pós-graduação concebido a partir de um paradigma institucional e epistemológico que se propõe contra-hegemônico e intenta engendrar processos de reconfiguração do consolidado modelo universitário brasileiro. O problema central se constituiu na seguinte questão: Quais possibilidades e desafios são colocados para os saberes e práticas de docentes universitários a partir da adoção de uma perspectiva decolonial e intercultural focalizada nas relações étnico-raciais? A pesquisa é de cunho qualitativo e se vale do estudo de caso como matéria empírica. Levando em conta as suas premissas e contexto, se sustentou em três eixos teóricos, a saber: (i) a abordagem decolonial: decolonialidade, interculturalidade e educação intercultural, se referenciando nos trabalhos desenvolvidos por Candau (2000, 2003, 2016), Walsh (2009, 2013, 2016), Mato (2016), Castro-Gómez (2005), Mignolo (2017), Grosfoguel, (2008), Quijano (2000), Maldonado-Torres (2006), Castro-Gómez e Grosfoguel (2007); (ii) relações étnico-raciais e educação, pautando-se prioritariamente em Cavalleiro (2000), Rosemberg (1998, 2003), Gomes (2000, 2001, 2017), Spivak (2010), Hasenbalg e Silva (1998 e 1999) e Carvalho (2005) e; (iii) pedagogia e práxis decolonial, fundamentado em Maldonado-Torres (2007), Castro-Gómez e Grosfoguel (2007), Walsh (2009, 2010), Freire (2005), Mignolo (2005, 2008). Os resultados apontaram que, embora os docentes invistam esforços na promoção de mudanças e avanços em relação às suas práticas e aos saberes que circulam no espaço acadêmico, ainda existem barreiras - sobretudo nos cursos de pósgraduação - para o rompimento com o consolidado modelo universitário, que ainda vivencia desafios para se configurar efetivamente como espaço contra hegemônico. |