[pt] CIDADES EM TRÂNSITO: CULTURA, CONFLITO E PODER NO ESPAÇO ATLÂNTICO DA LÍNGUA PORTUGUESA
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
MAXWELL
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=45498&idi=1 https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=45498&idi=2 https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=45498&idi=7 http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.45498 |
Resumo: | [pt] A tese Cidades em trânsito: cultura, conflito e poder no espaço atlântico da língua portuguesa investiga produções literárias e cinematográficas, provenientes de países da área atlântica da língua portuguesa ̶ Angola, Brasil, Cabo Verde e Portugal ̶ , que encenam a realidade urbana como lugar de conflito e instigam uma leitura da violência e das relações de poder intrínsecas à vivência contemporânea, em especial a indagação da sua continuidade com o passado marcado pela exploração colonial e escravista do espaço e dos corpos. De acordo com a pluralidade dos objetos e dos contextos investigados, a abordagem comparativa que sustenta a análise do corpus propõe uma crítica que, ao conceptualizar a noção de endocolonialismo como caraterística da ação do poder na contemporaneidade, evidencia a complexidade e a multiplicidade das formas através das quais a violência e o racismo se inscrevem na realidade urbana, dando continuidade à subalternização dos corpos e à fragmentação hierarquizada do território, dinâmicas implementadas pelo colonialismo e pelo escravismo. À luz das diferenças intrínsecas aos contextos em análise, tendo sempre como ponto de partida as conexões que as obras constroem com o espaço urbano, após um primeiro capítulo mais enfaticamente teórico, que se debruça sobre as múltiplas relações entre poder e capital, nas outras três partes convoca-se um repertório heterógeno: as elucubrações de Giorgio Agamben sobre a stasis, isto é, a guerra civil como paradigma político, articulam-se às de Michael Foucault sobre biopoder, às de Achille Mbembe sobre necropolítica e as provenientes de vários autores sobre os afetos políticos. Tais reflexões, conjugadas às investigações pontuais acerca dos contextos urbanos do Atlântico de língua portuguesa, permitem desenhar de forma analítica a persistência da logica colonial e escravista na contemporaneidade urbana. |