[pt] INVENTANDO O FOTOLIVRO DE LITERATURA NO BRASIL D OS SERTÕES DE EUCLIDES AOS SERTÕES DE BISILLIAT

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: ANA LUIZA MAIA GAMA FERNANDES
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=57129&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=57129&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.57129
Resumo: [pt] A invenção do fotolivro de literatura pode sugerir, enganosamente, que nosso principal interesse aqui é histórico-documental – uma tese sobre o surgimento desse fenômeno que é híbrido, expandido, intermidiático. Não é o caso. Há aqui, uma ambição teórica: prover um cenário para sua observação e, a partir daí, estabelecer um padrão disciplinado de atividade capaz de colocá-lo em perspectiva histórica . Como estão relacionados poesia (ou prosa) e fotografia em fotolivros de literatura? Nós exploramos a ideia de que sistemas (ou processos) verbais e fotográficos combinam-se numa forma de interação que não é apenas bidirecional, mas que envolve influências modulatórias que conectam palavra e imagem, para um leitor ou intérprete, situado historicamente. Como caracterizar, ou definir, este processo? Sobre esse tópico, ainda há pouca publicação, embora o tema comece, recentemente, a exibir muitos resultados. Na ausência de uma literatura crítica consolidada sobre fenômenos literários híbridos, ou expandidos, envolvendo fotografia, parece-nos uma boa ideia situar o fotolivro de literatura em áreas já existentes: Estudos de Intermidialidade e Semiótica. Dedicamos alguma atenção aos modelos, teorias e terminologias, disponíveis nestas áreas, para explicar o fenômeno observado - relação entre texto verbal (poesia ou prosa) e fotografia. Este é o núcleo desta pesquisa. A tese está dividida em três partes: (i) definição, caracterização e relevância do fenômeno fotolivro de literatura; (ii) terminologias e modelos utilizados para descrever as relações entre poesia, ou prosa, e fotografia; (iii) análise das complexas relações palavra-imagem em fotolivros de literatura produzidos no Brasil no século XX: Os Sertões (1902), com texto de Euclides da Cunha e fotografias de Flávio de Barros; A Pintura em Pânico (1943), com texto e fotomontagens de Jorge de Lima; Quarenta Clics em Curitiba (1976), com texto de Paulo Leminski e fotografias de Jack Pires; Sertões: Luz e Trevas (1982), com fotografias de Maureen Bisilliat e fragmentos de Os Sertões, de Euclides da Cunha.