[en] CAUSAL CONJUNCTIVE RELATIONS IN A PSYCHOLINGUISTIC PERSPECTIVE: LANGUAGE PROCESSING, READING AND TEACHING

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: LUIZ EDUARDO CARDOSO CALDAS
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=23446&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=23446&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.23446
Resumo: [pt] Com base no conceito de conjunção de Halliday e Hasan, esta pesquisa de caráter psicolinguístico busca verificar o processamento de relações conjuntivas causais internas e externas, bem como o papel dos conectivos nesse processamento. Para isso, primeiro foi feita uma atividade exploratória de produção textual junto a alunos de sétimo e oitavo anos do Ensino Fundamental, para verificar se nessa faixa de escolaridade eles já utilizam relações conjuntivas causais internas e externas, e se as realizam léxico-gramaticalmente por meio de conectivos. Confirmado o uso dessas relações, foram realizados testes de compreensão leitora off-line e teste cloze em turmas do oitavo e nono do Ensino Fundamental, respectivamente. O resultado da análise estatística dos dados indicou que as relações conjuntivas causais sob investigação apresentam custos de processamento distintos. Nos testes de compreensão, em que a tarefa do participante consistiu na verificação de afirmativas relativas ao conteúdo depreendido do texto, as relações conjuntivas causais externas foram mais facilmente processadas. No teste cloze, em que o estabelecimento de relações entre orações é feito pelo aluno e, nesse sentido, mais dependente de seu conhecimento extralinguístico e do tipo de conectivo que pode expressar adequadamente tais vínculos semânticos, as relações externas parecem ter trazido mais custo para o processamento do que as internas. No caso das internas, além da identificação do caráter argumentativo do texto, pistas de ordem linguística, tais como emprego de recursos modalizadores, em especial de adjetivos, e tempo/modo verbal, podem ter facilitado o reconhecimento do tipo de relação (independentemente de ter-se efetuado uma compreensão mais efetiva do texto). Em relação à presença ou ausência de conectivo, não foi verificado efeito principal dessa variável em nenhum dos experimentos, o que pode, em princípio, ser relacionado à força da relação causal entre as orações, que, mesmo na ausência do conectivo, é possível ser recuperada pelo aluno nos textos utilizados. Este trabalho representa uma contribuição para a questão da leitura em sala de aula, particularmente no que tange à compreensão de textos de natureza argumentativa, em que as relações conjuntivas causais internas e externas comparecem substancialmente, e devem, portanto, ser mais bem abordadas nas aulas de todas as disciplinas, trabalhando-se uma interpretação que vá além da superfície textual.