[en] HATE IN THE PSYCHOANALYTIC EXPERIENCE

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: RONY NATALE PEREIRA
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=63836&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=63836&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.63836
Resumo: [pt] Nesta tese buscamos compreender, inicialmente, como o ódio participa da estruturação psíquica, estando presente em todo humano, uma vez habitado pela linguagem. A partir desta compreensão, interrogamo-nos acerca das possibilidades de intervenção, pela via psicanalítica, nesta dimensão odienta, o que nos levou ao entendimento de que a pretensão analítica se limita a manejar a participação do ódio na travessia da experiência do sujeito. Dissecado, tal afeto contribui para elevar à lucidez a dimensão real, o impossível da constituição do falante de modo a permitir sustentar de modo afirmativo seu desamparo estrutural. Apontamos com isso o aspecto inelutável do ódio constitutivo e a positividade de sua apreensão. A partir desse encontro, outras possibilidades se apresentam fazendo frente às vias de gozo do ódio ao semelhante, o que não significa esgotá-lo. O novo que se apresenta decorre precisamente do encontro com o real, ponto em que o sujeito acata a impossibilidade de respostas à interrogação sobre si que ele dirige ao Outro. Com isso, pode construir suas próprias vias desejantes. A partir destas conclusões foi possível aproximar a experiência em questão da noção de política no sentido resgatado por Hanna Arendt da pólis grega, política como liberdade e possibilidade de fazer algo novo no mundo. Especificamos a noção de política ao pensá-la pela via da amizade, sendo essa desligada da noção de amizade fraterna e universalista e pensada como respeito à diferença, o que possibilita a vida coletiva. Entendemos que, ao se desprender da exigência de constituir unidade com o outro, resultado esperado de um processo analítico do qual o ódio participa, é possível ao sujeito viver na perspectiva da política da amizade.