[en] CHRONICLES OF CONTROL AND RESISTANCE: WORKERS NARRATIVES ON THE REMOTE AND HYBRID LABOUR PROCESS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: CHRISTIAN KAZUO FUZYAMA
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=67819&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=67819&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.67819
Resumo: [pt] Nos últimos anos observaram-se mudanças significativas no mundo do trabalho devido à reestruturação produtiva do sistema capitalista. O período da pandemia da COVID-19 atuou como um catalisador dessas mudanças, produzindo desdobramentos como a ampliação do teletrabalho e, posteriormente, a criação de formatos híbridos de trabalho. Essas transformações motivaram a realização dessa tese que, utilizando a perspectiva teórica da Teoria do Processo de Trabalho (LPT), objetivou compreender, a partir das narrativas emergentes das vivências de trabalhadores em regimes remoto e híbrido as dinâmicas de controle-resistência desse processo de trabalho. Com este intuito, sob o posicionamento ontológico do Realismo Crítico e por meio da abordagem metodológica da Análise de Narrativa Temática (ANT), foram entrevistados 15 trabalhadores que atuam em regime de teletrabalho na modalidade híbrida ou integralmente remota com vistas a entender suas vivências de trabalho. Assim, suas narrativas reconstituíram o movimento dinâmico e integrador da dicotomia capital-trabalho e do tensionamento entre controle-resistência, apontando para o aspecto recursivo, e por vezes contraditório, dessas categorias constituintes do devir organizacional. As histórias narradas também indicaram a experiência ambígua da sobreposição das dimensões individuais e laborais; a articulação de narrativas que tensionam os conflitos marcados pela subjetividade das estratégias de controle e da individualidade das formas de resistência; além da percepção da presença de um elemento geracional a influenciar as vivências. Finalmente, ainda que o teletrabalho possa se configurar como uma expressão da integração do lar como espaço de produção de mais-valia – ele também aparece como terreno contestado e palco da disputa entre a vida e o capital.