[pt] DA MÍMESIS DIVINA À HUMANA: UM BREVE ESTUDO SOBRE AS NOÇÕES DE PINTURA E ESCULTURA NOS DIÁLOGOS SOFISTA, TIMEU E LEIS DE PLATÃO

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: LETHICIA OURO DE ALMEIDA MARQUES DE OLIVEIRA
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=26489&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=26489&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.26489
Resumo: [pt] A harmonia e a beleza expressas pelas obras de arte plásticas gregas elevaram-nas a um patamar modelar ao longo da história da arte. Apesar disso, não foram muitos os intérpretes que se voltaram para a questão das artes plásticas na literatura deste mesmo período histórico. Em Platão, por exemplo, outros temas, como das artes poética e sofística, são notavelmente mais trabalhados pela literatura secundária. Isto provavelmente se deve ao fato das artes plásticas aparecerem timidamente nos diálogos, sendo usadas, na maior parte dos casos, em comparações, analogias ou metáforas. Neste trabalho preferimos o tema marginal e voltamo-nos ao estudo das noções de pintura e escultura no contexto do pensamento de Platão. Com a intenção de obter uma visão alternativa à da República no que diz respeito às artes miméticas, investigamos sobre a questão das artes plásticas no que se costuma considerar como último desenvolvimento do pensamento de Platão. Segundo a interpretação mais difundida, no último livro da República Platão condena e expulsa os artistas de sua cidade ideal. Esta mesma apreciação negativa das artes imitativas seria mantida ou modificada em diálogos posteriores? Partimos de uma leitura das ocorrências das noções de pintura e escultura no Sofista, onde encontramos a distinção das artes miméticas em divina e humana. A partir desta distinção, abordamos as aspectos divinos e humanos das artes plásticas, por meio de uma interpretação de sua presença em dois outros diálogos, a saber, o Timeu e as Leis. No Timeu as artes plásticas são usadas para retratar o trabalho do deus demiurgo do mundo; nas Leis, são as obras produzidas pelos homens que são abordadas, principalmente quanto à sua função na cidade construída pelos personagens. Delineamos a percepção de Platão a respeito destes gêneros artísticos, e buscamos compreender o lugar que as artes plásticas ocupam no seu pensamento.