[en] OH, 19TH CENTURY: SENSIBILITY AND RESPONSIBILITY IN STENDHAL (1783-1842)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: CLARISSA MATTOS FARIAS
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=29603&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=29603&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.29603
Resumo: [pt] Esta dissertação tem por objetivo analisar a historicidade da forma literária do escritor francês Henri-Marie Beyle (1783-1842), mais conhecido por seu pseudônimo Stendhal, a partir da sua relação profundamente tensa com a sua sociedade, a saber, a realidade instaurada no seu país após o ano de 1814. Esta análise parte de uma afirmação, recorrente nos textos do autor: a de que teria havido uma notável mudança de caráter dos seus conterrâneos a partir da queda do Império Napoleônico (1804-1814), a perda do que ele nomeou a faculdade de se divertir. Longe de lamentar apenas o fim de uma característica, porém, Stendhal indica, a partir dessa mudança, uma quebra profunda ocorrida no sentimento de pertencimento francês: seus conterrâneos teriam perdido um fundo de caráter comum que os fariam se reconhecer em suas particularidades, ou seja, para o autor, a França havia perdido sua autenticidade. Pretende-se, portanto, investigar como o autor configura esta perda em seu romance O vermelho e o negro (1830), tentando mostrar que o que ele entende por autenticidade se conecta diretamente à satisfação real dos indivíduos em seu mundo, impossibilitada agora na Restauração por um afastamento do eu de si mesmo. A partir dessa problematização, será analisada, primeiramente, a alternativa estética do escritor a esse mundo, descrita em Racine e Shakespeare (1823 e 1825) e Do Amor (1822), tendo em vista, sobretudo, sua preocupação com o prazer dramático; em seguida, como ele figura uma possibilidade ética com base na tensão que o protagonista do romance, Julien Sorel, estabelece com a sua sociedade.