[pt] A NÃO OBLITERAÇÃO DA FIGURA DO DRAMATURGO EXTERNO E NÃO PARTICIPANTE EM UMA ESCRITA CÊNICA QUE INVESTE EM DRAMATURGIAS PESSOAIS: BRASIL E ANGOLA NA MARÉ DE HOJE NÃO SAIO DAQUI

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: TIAGO QUEIROZ HERZ
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=60913&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=60913&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.60913
Resumo: [pt] A presente dissertação se debruça sobre a criação cênica Hoje Não Saio Daqui – espetáculo ocorrido no Rio de Janeiro, resultado do encontro artístico entre a Cia Marginal, atores e atrizes angolanos moradores da Maré convidados e o dramaturgo Jô Bilac – para investigar de que maneira a dimensão performativa e relacional de sua dramaturgia e seu investimento nas chamadas escritas de si proporcionam uma abordagem dupla sobre a questão das fronteiras contemporâneas. Por um lado, as histórias narradas pelos migrantes angolanos explicitam as fronteiras materiais e subjetivas enfrentadas pelos mesmos tanto em suas travessias de África até o Brasil quanto aquelas que recaem sobre seus corpos na circulação dentro do território brasileiro – tecnologias que operam através do controle de deslocamentos e velocidades, da racialização e da fronteirização dos corpos. Por outro, o apelo para a diferença e à necessidade de separação manifestos na disposição autobiográfica da dramaturgia, que envolve posicionamentos e reivindicações próprias dos performers, paradoxalmente revê as fronteiras pensadas como sua hipótese primordial, e ativa a possibilidade de um regime de bordas (KIFFER) e de uma nova Cosmópolis (AGIER). Por fim, examina-se de que maneira a não obliteração da figura do dramaturgo externo e não participante em uma escrita cênica que investe em dramaturgias pessoais e na presença de corpos falantes produz materialidades que repensam uma política do comum.