[pt] O CORPO MARCADO: SOBRE A DOR DE MANTER COESAS AS FRONTEIRAS CORPORAIS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: RENATA FRANCO CECCHETTI
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=6389&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=6389&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.6389
Resumo: [pt] O presente trabalho procurou investigar, à luz da teoria psicanalítica, algumas práticas consideradas radicais de marcação do corpo, tais como tatuagens, piercings, implantes subcutâneos, escarificações, pocketing, pulling e suspensão. Para tanto, procedeu-se inicialmente a uma exposição do contexto em que tais práticas são abordadas, a cultura de consumo contemporânea, na qual o corpo assume lugar de destaque. Além disto, realizou-se um roteiro histórico das práticas de marcação do corpo e seus usos. Incidindo na superfície do corpo, tais práticas fornecem a este um novo contorno. A delimitação das bordas corporais nos remete à temática da constituição subjetiva, na qual as experiências pele-à-pele delineiam a fronteira entre interno e externo, eu e outro. Na relação com um outro, o corpo é ainda inserido no registro pulsional, configurando-se como um corpo erógeno, marcado por experiências de prazer e desprazer. Se o prazer pode ser encontrado no desprazer e na dor, estabelece-se, então, o masoquismo erógeno, base de todo tipo de masoquismo. Por fim, utilizando-se o masoquismo como instrumento para pensar as marcações do corpo que têm na dor a condição indispensável para sua realização, efetuou-se uma apresentação a seu respeito. A dor, além de ser, no masoquismo, o meio de obter prazer, fornece ao sujeito a percepção dos contornos de seu corpo. Assim, através de práticas dolorosas, o sujeito se encontra em um esforço por delimitar e manter coesas suas fronteiras corporais.