[en] CRITIQUE OF CHRISTENDOM: ETHICAL-POLITICAL FOUNDATIONS OF NON-VIOLENCE IN LEO TOLSTOY
Ano de defesa: | 2025 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
MAXWELL
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=69705&idi=1 https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=69705&idi=2 http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.69705 |
Resumo: | [pt] A presente tese investiga a crítica à Cristandade no pensamento de Leon Tolstói, enfatizando a intersecção entre fé cristã e as dinâmicas ético-políticas. Aqui, as obras tolstoiana são analisadas sob a luz de uma antropologia existencial que contempla a condição humana em sua busca por sentido, evidenciando as contradições sócio-existenciais que permeiam essa experiência. Com efeito, identificamos o princípio da não-resistência ao mal – indissociavelmente ligado à metafísica do amor – como a chave hermenêutica para a compreensão do ensino cristão enquanto uma doutrina prática de vida. O pensamento tolstoiano não se associa à defensa da passividade diante do mal; ao contrário, o que está em jogo é a positivação de um tipo existencial que se traduz em uma ética radicalmente libertária. Assim, a reflexão sobre a natureza do poder e suas manifestações na sociedade moderna revela sua crítica contundente à simbiose entre Igreja e Estado, que distorce a essência do ensino cristão e perpetua estruturas opressivas. Tratando-se, portanto, de inquirir como isso acontece, Tolstói elucida que os discursos gerados por estas instituições opacificam a consciência moral, isto é, tendem a normalizar a subjetividade dos indivíduos, estabelecendo uma resignação ao servilismo – que se impõe não como um mero paradoxo cultural, mas como uma contradição sócio-existencial. A investigação se desdobra em um contexto onde a crítica aos aparatos e à legitimação da violência, como ordenação divina, fortalece a argumentação acerca da necessidade de uma reavaliação moral da sociedade. Tolstói propõe uma emancipação ética da consciência individual que, lastreada na ideia de interdependência como imperativo axiológico, desafia as premissas do poder coercitivo e convoca a humanidade a transcender antagonismos. Este estudo, portanto, não apenas ilumina as contradições do pensamento cristão em face das estruturas de poder, mas também convida à reflexão acerca da responsabilidade moral na construção de uma vida social significativa, alicerçada na ética da não violência. |