[pt] DISCURSO DE PAZ NA POLÍTICA EXTERNA NORUEGUESA: ANÁLISE DAS REPRESENTAÇÕES DE IDENTIDADE DA NORUEGA NA FACILITAÇÃO DE PAZ E NOS ENGAJAMENTOS DE GUERRA
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | eng |
Instituição de defesa: |
MAXWELL
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=47335&idi=1 https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=47335&idi=2 http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.47335 |
Resumo: | [pt] A Noruega tem historicamente assumido o papel de facilitadora ou de intermediadora entre partes em conflito, de modo que alcançou a capacidade de capitalizar a crença, na sociedade, de que é uma nação da paz. A existência do chamado Modelo Norueguês constitui uma prioridade de uma nova diplomacia pública, em que a sociedade civil doméstica continua a ser tanto audiência quanto guia dos esforços da diplomacia pública do Estado. Ao mesmo tempo, desde a década de 1990, a Noruega aumentou sua presença em intervenções militares no exterior (principalmente no Kosovo, em 1998, no Afeganistão, em 2001, no Iraque, em 2003, e na Líbia, em 2011), em um intenso ativismo militar que não pôs em xeque a noção de que outros países europeus são belicosos enquanto a Noruega é construída como pacífica. Articulações mais recentes sobre a guerra militar norueguesa em face de sua representação de identidade de paz revelam que a Noruega alcançou tamanha credibilidade graças à sua tradição de paz, que o país pode propositalmente empreender o que tem sido chamado de guerra pela paz. A literatura existente sobre a evolução da Política Externa Norueguesa sobre Paz e Reconciliação revela que a paz tem sido um conceito organizador para a ação externa, vinculada a defesa, neutralidade, engajamento, desenvolvimento, direitos humanos, meio ambiente e até mesmo à Organização do Tratado do Atlântico Norte. Com base no trabalho de Ernesto Laclau e de Chantal Mouffe (1985), a presente dissertação discute como, no contexto dos esforços da diplomacia pública norueguesa, a paz tem funcionado como um significante flutuante que dá significado e legitima opções de política externa, como facilitação de conflitos e intervenções militares. Como resultado, esta dissertação recorta o ano de 2011 como o contexto de uma tripla coincidência: a conduta da Noruega de conversações preparatórias facilitadoras na Colômbia, o bombardeio da Líbia e o ataque terrorista doméstico na Noruega. Com isso em mente, este trabalho tem como objetivo descompactar e entender como a Noruega se representou discursivamente como uma nação da paz e como a paz, como um significante flutuante, permitiu que o país se envolvesse em práticas pacíficas e militares. |