[fr] CONSTELATIONS AUTOETHNOGRAPHIQUES: PRODUCTION D IDENTITÉ, PERFORMANCE ET COLONIALITÉ

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: THIAGO DE ABREU E LIMA FLORENCIO
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=30206&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=30206&idi=3
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.30206
Resumo: [pt] A tese investiga de forma crítica a dimensão autoetnográfica em experimentos de leitura e escrita em sintonia com novos pressupostos teóricos e epistemológicos no campo dos Estudos de Literatura, da História e da Antropologia, com o objetivo de refletir sobre a complexidade de construções identitárias contemporâneas no âmbito dos novos cenários de escrita no espaço literário e cultural. A partir do acento sobre a desarmonia criativa de novos projetos artísticos, com assinatura autoral e coletiva, localizados em espaços limiares de experiências estética, etnográfica e política, são desafiadas formas convencionais de produção de saber e propostos modos de atuar que mobilizam, além de faculdades intelectuais, uma gama de sensibilidades, afetos e práticas corporais. Duas alternativas de prática de escrita e construção de conhecimento que problematizam parâmetros clássicos de perspectivas hermenêuticas norteiam o desenvolvimento da tese. A primeira, referindo-se ao modelo autoetnográfico como questionamento de hipóteses binárias que separam auto (sujeito) e etno (coletividade), identidade e alteridade, enfatiza o caráter construtivista e performático de produções de identidade. A segunda explora o potencial de hibridização de um mecanismo denominado espécies de despachos, que se vale de um método performático de intervenção no espaço baseado na superposição de materiais heteróclitos e contingentes achados e despachados em zonas fronteiriças de cidades situadas entre América, África, Ásia e Europa. A escrita suscitada por estas materialidades em configurações desajustadas rediscute a tradicional polaridade entre sujeito e objeto e oferece um modelo de análise e produção de saber que destaca processos de oscilação entre construção de sentido e produção de presença. O acento sobre ambivalências formadas por materiais limítrofes de caráter processual permite deste modo dar relevo ao complexo e performático estado de emergência da colonialidade do poder. Neste âmbito, o engajamento presencial do corpo nos deslocamentos territoriais problematiza também produções de subjetividade autoetnográficas, construídas ao longo de uma infância e adolescência atravessadas por conflitos marcados pelo trânsito entre países Ocidentais e Orientais, hegemônicos e periféricos.