[en] ANALYSIS OF THE STRATEGIC IMPLICATIONS OF ALLIANCES AND NETWORKS WITH A VIEW TO MAKING DECISIONS IN THIRD SECTOR ORGANIZATIONS: FOCUSING THE CASE OF INSTITUTO DA CRIANÇA

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: ALDA MARINA DE CAMPOS MELO
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=11921&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=11921&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.11921
Resumo: [pt] Há uma clara tendência, por parte das empresas, de atuação com maior responsabilidade socioambiental e com a preocupação de contribuir para o desenvolvimento sustentável da economia. Neste contexto, as organizações nãogovernamentais (ONG´s) ganham mais espaço para a atuação em rede junto às empresas, visto que as ações de cunho social, em geral, não são seu foco. Essas organizações vêm ganhando progressiva força junto ao mundo empresarial, assumindo o desafio de atuar de forma profissional, com visão estratégica, para assumir um verdadeiro protagonismo social e garantir sua sustentabilidade. Aos gestores de empresas cabe conhecer esses novos atores do mercado, reconhecer seu crescente poder de atuação em rede e mobilização das partes envolvidas. Diante disso, a presente pesquisa pretende prestar dupla contribuição: à Academia, que vem desde a década de 1990 formando centros de estudos pelo país, voltados aos assuntos pertinentes ao Terceiro Setor, e também às ONG`s, em franco processo de profissionalização de sua gestão, que vêm demonstrando ser um fértil terreno para profissionais de administração. Objetiva também contribuir com estudos sobre a gestão de organizações em redes de relacionamento, ao aplicar e adaptar a uma organização sem fins lucrativos, mais especificamente ao Instituto da Criança, um ferramental de avaliação da adequação estratégica de organizações que atuam em alianças e redes, utilizado especialmente em organizações com fins lucrativos. O Instituto da Criança, foco do estudo, é uma reconhecida ONG atuante no Rio de Janeiro há treze anos, que trabalha em rede com mais de cem empresas, centenas de doadores e voluntários, com o objetivo de prover apoio administrativo, financeiro e encaminhamento jurídico a oito instituições sociais. O estudo baseia-se no pressuposto de que a organização, após passar por um processo de mudança organizacional nos últimos dois anos, ampliação de sua equipe e estruturação de comitês regionais também em São Paulo e Nova Iorque, demanda uma gestão que contemple a avaliação das implicações estratégicas das alianças e redes sobre sua conduta, desempenho e sustentabilidade. Adotando a metodologia de estudo de caso, e de triangulação dos métodos, realizou-se ampla pesquisa bibliográfica sobre estratégia, alianças, redes, Terceiro Setor e responsabilidade socioambiental corporativa; coletou-se dados através de pesquisa documental, de entrevistas junto a pessoas envolvidas no processo decisório, e de questionários para a obtenção das percepções de empresas parceiras, voluntários e doadores. Os dados foram analisados com base no referencial teórico e no uso da adaptação de dois modelos de avaliação estratégica: de auto- avaliação para organizações sem fins lucrativos, proposto por Peter Drucker (2001), e de análise estratégica sob a perspectiva relacional, proposto por Macedo-Soares (2002). Evidenciou-se que a ótica relacional, pertinente aos relacionamentos, notadamente às alianças e às redes formadas por estas, agrega valor e novas perspectivas à decisão estratégica, complementando a avaliação feita apenas com base nos fatores macro-ambientais, estruturais e organizacionais. Os resultados indicaram que a estratégia de crescimento da ONG está adequada, mas deve ser revista para o melhor aproveitamento das oportunidades atuais, tanto no âmbito da rede já existente quanto para um cenário de expansão geográfica de suas atividades.