[pt] DA ESTRANHEZA NA ERA DA TÉCNICA

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: FELIPE RAMOS GALL
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=31015&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=31015&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.31015
Resumo: [pt] Tomando por base as considerações de Martin Heidegger acerca da técnica, segundo as quais o domínio da técnica vigente em nossos dias manifesta-se como a aparência de ser a única possibilidade de compreensão da realidade, sendo este o grande perigo de nossa época, nossa questão norteadora aqui é sobre a estranheza existencial e de sua possibilidade em nossa época. O fenômeno da estranheza é tematizado por Heidegger de modo mais pormenorizado em Ser e tempo, sua obra seminal. Tendo em vista o caráter histórico-ontológico deste trabalho, nosso ponto de partida será demonstrar as determinações históricas que conduziram Heidegger para a questão diretriz de Ser e tempo, isto é, o questionamento pelo sentido de ser. Havendo estabelecido isso, reconstruiremos os passos essenciais da analítica existencial que convém ao fenômeno da estranheza, visando demonstrar sua relação essencial com temas como a cotidianidade, angústia, cuidado, morte e autenticidade. A estranheza mostrar-se-á como um fenômeno inseparável da disposição de ânimo fundamental, que, em Ser e tempo, é a angústia. A questão da técnica, por sua vez, surge no pensamento tardio de Heidegger, isto é, após a virada em seu pensamento. Visamos demonstrar que após a virada não houve um abandono das conquistas obtidas em Ser e tempo, muito pelo contrário: as considerações acerca da estranheza tal como apresentadas na analítica existencial parecem ser imprescindíveis para a nossa hodierna tarefa do pensamento, pois a lida apropriada com a tecnologia e seus aparelhos parece exigir um estranhamento essencial de seu domínio inconcusso e indisputado.