[en] ANALYSIS OF PERFORMANCE IN INTENSIVE CARE UNITS
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | eng |
Instituição de defesa: |
MAXWELL
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=35727&idi=1 https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=35727&idi=2 http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.35727 |
Resumo: | [pt] A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é um departamento importante dentro do Hospital visto que lida majoritariamente com casos de alta complexidade e gera elevados custos administrativos, o que requer um controle adequado de seus processos. Inconformidades tais como erros em atividades de tratamento e falta de comunicação entre os funcionários são comumente responsáveis pelo baixo desempenho de UTIs e devem ser ajustados para reduzir possíveis danos ao tratamento do paciente. Para avaliar a eficiência de uma UTI, a literatura propõe que sejam estabelecidas métricas que considerem quatro perspectivas - médica ou clínica, econômica, social e institucional – que oferecem uma visão abrangente das atividades (administrativas ou de tratamento) dentro da unidade e seus impactos no pós-tratamento. Entretanto, a avaliação de desempenho em uma UTI não é uma tarefa simples, pois há diversas variáveis a serem consideradas e que podem ser potenciais causas de um mau desempenho. Além disso, não há uma métrica ou indicador padrão-ouro que consegue reter de forma adequadas as informações, sendo que diversas perspectivas devem ser consideradas. Os indicadores mais comuns são A Taxa de Mortalidade Padronizada (Standardized Mortality Ratio, SMR) e o Taxa de Uso de Rescursos Padronizada (Standardized Resource Use, SRU), que contabilizam desfechos de mortalidade (clínicos) e de uso de recursos (econômicos), junto de metodologias propostas para viabilizar a comparação entre diferentes UTIs, identificar de grupos de desempenho e analisar os riscos de mortalidade dos pacientes dentro da unidade, tais como os conceitos de Rankability e Perfis de Risco (Risk Profiles). Além disso, é necessário definir corretamente os desfechos a serem contabilizados em indicadores. Nesse contexto, recomenda-se a combinação de diferentes indicadores e metodologias de forma a complementar e elevar a confiabilidade da análise de desempenho e benchmarking. Com isso, este estudo tem como objetivo analisar um conjunto de UTIs em termos de desempenho quanto à mortalidade e uso de recursos, associando-os com as características das unidades e seus fatores institucionais, para identificar possíveis correlações. A análise foi feita em uma amostra composta por 12.100 pacientes que foram hospitalizados em 116 UTIs, considerando um desfecho em até 60 dias de interação. Este estudo teve como contribuição a combinação de diferentes técnicas e indicadores, e uma discussão a respeito da variabilidade do SMR em comparação à metodologia tradicional. Para este propósito, combinou-se as técnicas da Matriz de Eficiência, Rankability – índice de confiabilidade de um indicador de desfecho, e Perfis de Risco, de forma a obter e avaliar o desempenho de grupos de UTIs. Como resultados, verificou-se que UTIs cuja administração é de domínio Público e que destinam a maioria dos seus leitos ao Sistema Único de Saúde (SUS) brasileiro tiveram mortalidade significativamente alta em relação àquelas de dominínio privado (p-valor menor que 0.05). Além disso, realizou-se um agrupamento das UTIs utilizando quatro diferentes técnicas de clusterização de forma a garantir a máxima confiabilidade do indicador para comparação (Rankability), o que resultou na presença de clusters extremos contendo uma UTI cada, sendo elas a de maior e a de menor SMR, apesar de ambas apresentarem o mesmo conjunto de severidades. Para cada grupo, estimou-se o seu perfil de risco, e verificou-se que pacientes com menor gravidade apresentaram maior variabilidade nos riscos de morte, sendo estes maiores nos grupos com alto SMR e menores em grupos de menor mortalidade, sendo que a dispersão tendeu a ser menor quanto menor for o risco, o que poderia influenciar diretamente no cálculo do SMR. Com isso, por meio de equações matemáticas e simulação por meio de reamostragem, verificou-se que o SMR possui uma limitação em sua escala, que depende diretamente do espectro de gravidade dos pacientes em cada UTI ou grupo de desempenho analisado. O SMR possui maior variabilidade para grupos de gravidade de baixo risco enquanto que o alto risco diminui esse intervalo, demonstrando um possível viés, o que pode resultar em conclusões enviesadas ao comparar UTIs com mesmo valor de SMR, porém com diferentes case-mixes. |