[pt] A NOÇÃO PLOTINIANA DE UNO: UM OLHAR A PARTIR DO PROBLEMA PLATÔNICO DA UNIDADE DOS PRINCÍPIOS-FORMAS NO PARMÊNIDES

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: DEYSIELLE COSTA DAS CHAGAS
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=64509&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=64509&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.64509
Resumo: [pt] Esta tese tem por objetivo analisar como o desenvolvimento da noção de Uno em Plotino – princípio radicalmente unitário e transcendente de seu sistema – pode responder aos problemas apresentados por Platão acerca da unidade dos princípios-Formas no diálogo Parmênides. Para tanto, primeiramente busca-se compreender a construção e a apresentação das principais teses que constituem a clássica Teoria das Formas platônica presentes na primeira parte do Parmênides (127a-137c), bem como as aporias delas resultantes. Uma vez que os princípios-Formas são concebidos nesta parte do diálogo enquanto unidades separadas, sendo em si e por si (autò kath’autò), quatro principais aporias resultam desta concepção: 1) o estabelecimento da população do mundo das Formas, 2) a impossibilidade da relação de causalidade entre Formas e a multiplicidade dos objetos sensíveis, 3) a Aporia (ou Argumento) do Terceiro Homem (ATH) e 4) a incognoscibilidade das Formas. Posteriormente, apresenta-se o intrincado desenvolvimento do exercício de hipóteses que constitui a segunda parte do Parmênides (137c-166c), sobretudo no que diz respeito ao problema das antinomias (ou aparentes antinomias), à discussão sobre o status da passagem 155e-157b e à interpretação neoplatônica dessas questões a partir da noção de sujeito das hipóteses. Logo após, examina-se especificamente a interpretação plotiniana das hipóteses presentes na segunda parte do Parmênides, tomando como base a citação direta que se encontra no tratado V 1 [10], a partir da qual Plotino justifica a arquitetura de seu sistema com base nas três hipóstases principais, a saber: o Uno, a Inteligência e a Alma, sendo o Uno o princípio, fundamento e finalidade de toda a realidade. Cada uma dessas hipóstases corresponderá, segundo Plotino, ao sujeito das três primeiras hipóteses do Parmênides. Por fim, descreveremos como Plotino, a partir deste seu princípio radicalmente unitário e transcendente – o Uno – e de toda a estruturação de sua henologia, parece apontar para outros caminhos que escapam das aporias presentes na primeira parte do Parmênides. Para tanto, apresentaremos as concepções plotinianas de 1) radicalidade da transcendência, 2) emanação ou teoria da dupla atividade, 3) distinção de semelhança e 4) inefabilidade do Uno. Cada uma delas, respectivamente, nos auxiliará na análise de cada uma das principais aporias resultantes da unidade dos princípios-Formas presentes na primeira parte do Parmênides.