[pt] EGO-DOCUMENTOS NA FICÇÃO CONTEMPORÂNEA

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: CATIA CRISTINA ASSUNCAO HENRIQUES DOS SANTOS
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=11381&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=11381&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.11381
Resumo: [pt] Esta tese consiste na abordagem crítica de narrativas literárias que performam uma dicção autobiográfica afeta ao modo ficcional, através do qual são rescindidos os tradicionais pactos em torno da identidade escritor-narrador e os pressupostos de autenticidade e sinceridade subjacentes a processos de comunicação que envolvem as memórias narradas. Trata-se dos ego-escritos ficcionais, cujo investimento estético se evidencia na simultânea afirmação e oscilação na construção identitária da primeira pessoa do singular, fundada numa discursividade que se vale de dispositivos do simulado e do falso para desestabilizar os limites tradicionais entre os universos intra e extra diegéticos tradicionais sem apagá-los, mas, ao contrário, acentuar sua diferença. Os egoescritos comparecem, assim, na cena literária contemporânea como um espaço narrativo questionador do estatuto do autobiográfico, não só pela refutação do seu modelo representativo, mas pelo seu devir-cartografia, ou seja, sua atualização escritural como sistema autopoiético aberto a experimentações e intervenções discursivas diversas. Para efetuar uma investigação consistente dos ego-escritos ficcionais esta tese se apropria de contribuições conceituais emigradas da Geofilosofia de Gilles Deleuze e Felix Guattari e da vertente da Sociologia capitaneada por Niklas Luhmann, apresentando uma rentabilidade que estende seu alcance desde o plano da análise literária - em particular nas produções recentes dos escritores John Barth, Silviano Santiago e Rosa Montero - até outras manifestações estéticas, como a cinematográfica e a as artes plásticas, que nesta tese figuram como suporte para melhor visibilidade da dinâmica nomadológica da primeira pessoa.