[pt] IMPRENSA, DISCURSO E IDEOLOGIA: O JORNAL FOLHA DE SÃO PAULO E O GOLPE DE ESTADO DE 1964

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: CYNTHIA ADRIELLE DA SILVA SANTOS
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=37771&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=37771&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.37771
Resumo: [pt] Inserido no contexto mais amplo dos estudos organizacionais históricos e dos estudos acerca da relação entre empresas, governo e sociedade, a pesquisa teve como objetivo investigar, à luz da análise crítica do discurso, quais estratégias discursivo-linguísticas o Jornal Folha de São Paulo utilizou para se posicionar ideologicamente antes, durante e depois do golpe de Estado de março de 1964. Para tanto, construiu-se o referencial teórico a partir da discussão sobre as relações entre Imprensa, Governo e Ditadura Militar e sobre os conceitos de Ideologia e Poder. Em relação aos procedimentos metodológicos para a construção do corpus da pesquisa, de natureza qualitativa e interpretativa foram coletados os seguintes documentos: (1) O Caderno Especial do jornal “64- Brasil continua” (44 páginas de conteúdo); e (2) os editoriais diários de janeiro a junho de 1964 (em um total de 112 editoriais). De forma complementar, para a realização da análise, foi utilizado o aporte teóricometodológico do modelo tridimensional de Norman Fairclough (2016) e o modelo de análise de estratégias de construções simbólicas ideológicas de J.B. Thompson (2011). Como resultado foi possível identificar três etapas na trajetória discursiva do posicionamento do Jornal Folha de São Paulo em relação ao golpe civil-militar de 1964: (1) um momento de significativa contribuição para a desestabilização do governo do presidente João Goulart (marcado pelos editoriais de Janeiro, Fevereiro e Março); (2) um momento de alinhamento com o golpe militar (marcado pelo Caderno Especial e os editoriais do mês de Abril); e (3) um momento de apoio ao posterior governo de Castelo Branco, com ressalvas (marcado pelos editoriais de Maio e Junho).