[pt] O MOVIMENTO PUNK PAULISTA COMO SINTOMA E AGÊNCIA DE UMA CLASSE OPERÁRIA EM DESAGREGAÇÃO

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: FILIPE PROENCA DE CARVALHO MORAES
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=46478&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=46478&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.46478
Resumo: [pt] O presente texto visa discutir as transformações no mundo do trabalho e na classe trabalhadora, em especial durante a crise mundial capitalista dos anos 70/80. Entendendo o movimento punk como um importante elemento que pode nos dar pistas desse processo no âmbito da cultura. Nossa hipótese é que este movimento foi ao mesmo tempo um sintoma e um agente. Um sintoma de uma classe operária em desagregação: da transição do trabalho operário chão de fábrica como força hegemônica, para a hegemonia do setor terciário: do setor de serviços, da informalidade, do subemprego, do que alguns vão chamar de precariado urbano. No entanto, esse movimento também se estabelece como um agente ativo, em especial no que tange o debate em torno de uma agência em relação à disciplina do trabalho capitalista e no caso brasileiro, uma agência dos de baixo (por meio da arte, música, cultura) em oposição à ditadura-empresarial-civil-militar em sua etapa final. Focaremos para tal, no movimento da cidade de São Paulo e do ABC paulista, bem como sua relação com a classe operária de São Paulo. Para tanto, utilizaremos fontes primárias, por meio de elementos da História oral, entrevistando participantes do movimento punk paulista e do ABC. Recorreremos também aos arquivos sobre movimento punk do CEDIC (Centro de Documentação Científica da PUC SP), contendo fanzines, discos, correspondências, etc. Utilizaremos também, como ferramenta, a análise de canções e poesias punks do período, tendo como importante elemento conceitual as concepções de agência e experiência presentes na obra do historiador inglês Edward Palmer Thompson. Ainda como aporte teórico utilizaremos algumas produções de livros e artigos a respeito do punk no Brasil e no mundo.