[en] BEING MORE THAN ONLY A TEACHER INSIDE OF A HORROR MOVIE: THE DISCURSIVE CONSTRUCTION OF SCHOOL VIOLENCE EXPERIENCES IN ITS INTER-RELATIONSHIP WITH AFFECTIVITY
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
MAXWELL
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=53605&idi=1 https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=53605&idi=2 http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.53605 |
Resumo: | [pt] Dois são os objetivos fundamentais da presente pesquisa: 1) gerar inteligibilidades sobre como as experiências de um grupo de alunos-professores-profissionais da educação com a violência na escola são reconstruídas em discurso; 2) entender como esse fenômeno é articulado discursivamente com a dimensão da (con-)vivência interpessoal que, mesmo inscrita no tecido institucional da escola, o transcende, humanizando as relações intersubjetivas constritas pela racionalidade do Estado (WEBER, 1994) - sendo tal âmbito da vida humana denominado aqui de afetividade. Com tal ambição em mente, inicio a jornada investigativa ora sintetizada com dois expedientes: a demarcação do alicerce epistemológico-metodológico a dar sustento à investigação pretendida e a apresentação do contexto social e biográfico de florescimento da pesquisa. Segue-se a proposição de um modelo teórico que intenta reconstituir conceitualmente o problema da violência escolar em sua natureza multifacetada, desde suas causas mais amplas, externas aos muros da escola, até suas distintas conformações assumidas a partir da sua integração a esse espaço (AQUINO, 1996). Adiante, articulo tal teorização à supramencionada noção de afetividade, a qual é forjada a partir de um diálogo entre uma concepção de afeto assentada na totalidade subjetiva da experiência (VYGOTSKY, 1994; ZAPOROZHETS, 1977; MERLEAU-PONTY, 1994) e um quadro explicativo acerca da inter-relação de controle e racionalização entre o Estado, em sua acepção moderna, e a sociedade por ele tutelada (WEBER, 1994; FOUCAULT, 2004). Tendo construído uma visão holística do objeto de interesse do estudo aqui sumarizado, passo ao esforço de sediá-lo em um arcabouço teórico que lhe envolva em uma compreensão de linguagem-discurso coerente com os objetivos fundadores do trabalho. Julgo encontrar tal suprimento em uma zona de interseção entre a Linguística Aplicada (MOITA LOPES, 2013; FABRÍCIO, 2018) e a Linguística Sistêmico-Funcional (HALLIDAY, 1994), cunhada a partir de uma explicitação dos pontos de convergência e complementariedade entre ambas. Ancorado na rede de articulações teórico-metodológicas que dá estofo à primeira parte da tese, dedico os três capítulos seguintes à construção do empreendimento analítico que Dois são os objetivos fundamentais da presente pesquisa: 1) gerar inteligibilidades sobre como as experiências de um grupo de alunos-professores-profissionais da educação com a violência na escola são reconstruídas em discurso; 2) entender como esse fenômeno é articulado discursivamente com a dimensão da (con-)vivência interpessoal que, mesmo inscrita no tecido institucional da escola, o transcende, humanizando as relações intersubjetivas constritas pela racionalidade do Estado (WEBER, 1994) - sendo tal âmbito da vida humana denominado aqui de afetividade. Com tal ambição em mente, inicio a jornada investigativa ora sintetizada com dois expedientes: a demarcação do alicerce epistemológico-metodológico a dar sustento à investigação pretendida e a apresentação do contexto social e biográfico de florescimento da pesquisa. Segue-se a proposição de um modelo teórico que intenta reconstituir conceitualmente o problema da violência escolar em sua natureza multifacetada, desde suas causas mais amplas, externas aos muros da escola, até suas distintas conformações assumidas a partir da sua integração a esse espaço (AQUINO, 1996). Adiante, articulo tal teorização à supramencionada noção de afetividade, a qual é forjada a partir de um diálogo entre uma concepção de afeto assentada na totalidade subjetiva da experiência (VYGOTSKY, 1994; ZAPOROZHETS, 1977; MERLEAU-PONTY, 1994) e um quadro explicativo acerca da inter-relação de controle e racionalização entre o Estado, em sua acepção moderna, e a sociedade por ele tutelada (WEBER, 1994; FOUCAULT, 2004). Tendo construído uma visão holística do objeto de interesse do estudo aqui sumarizado, passo ao esforço de sediá-lo em um arcabouço teórico que lhe envolva em uma compreensão de linguagem-discurso coerente com os objetivos fundadores do trabalho. Julgo encontrar tal suprimento em uma zona de interseção entre a Linguística Aplicada (MOITA LOPES, 2013; FABRÍCIO, 2018) e a Linguística Sistêmico-Funcional (HALLIDAY, 1994), cunhada a partir de uma explicitação dos pontos de convergência e complementariedade entre ambas. Ancorado na rede de articulações teórico-metodológicas que dá estofo à primeira parte da tese, dedico os três capítulos seguintes à construção do empreendimento analítico que lhe dá substância. Assim, na primeira etapa da empresa analítica em questão, apresento o conjunto de procedimentos e arranjos realizados ao longo do processo de geração e delimitação do corpus a ser aqui examinado. Além de tais decisões metodológicas, introduzo e justifico no mesmo capítulo o ferramental analítico organizado com o fim de mediar meu encontro com os dados produzidos. As duas seções posteriores são dedicadas ao diálogo com os dados, momento em que recortes de minhas conversas com os quatro coconstrutores deste estudo – Michelle, Gisele, Adriano e Gustavo – são interpelados à luz do arcabouço de instrumentos de geração de saberes supramencionado. As análises flagram no devir das conversas uma pluralidade de movimentos de reconstrução discursiva de vivências em meio a episódios de violência na escola. A diversidade de experiências materializadas em palavras, vis-à-vis à variedade de expedientes linguístico-interacionais empregados na constituição de tais quadros narrativos, converge com o posicionamento de Vygotsky (1994) em defesa da plasticidade de cada um de nossos viveres no mundo, capazes de refratar qualquer evento objetivamente vislumbrado com um conjunto incomensurável de ângulos e colorações subjetivas. Ademais, ganha relevo ao longo do percurso analítico o papel de destaque desempenhado pela inter-relação entre axiologia e ideologia na reconstituição discursiva das experiências derramadas em palavras pelos participantes. Por fim, a tensão entre racionalidade e afetividade emerge em algumas histórias como um dos eixos de reedificação discursiva das vivências com a violência na escola, sendo atribuída centralidade ao segundo elemento desse binômio na determinação da natureza das relações interpessoais travadas no espaço da sala de aula. |